As vendas do Comércio Varejista de Ribeirão Preto tiveram redução média de -0,55% em janeiro de 2022 na comparação com o mesmo período do ano passado. É o que aponta o Centro de Pesquisas do Varejo (CPV), mantido por SINCOVARP – Sindicato do Comércio Varejista de Ribeirão Preto, e CDL Ribeirão Preto – Câmara de Dirigentes Lojistas.
Segundo Diego Gali Alberto, pesquisador e coordenador do CPV, com leve variação negativa o resultado mostra que o Varejo de Ribeirão Preto vive um momento de certa estabilidade. “É um aspecto positivo levando em conta que o início de ano sempre costuma ser fraco em termos de vendas. É sinal de que o Comércio começa 2022 mais fortalecido”, analisa.
Quando a comparação é feita apenas com o mês anterior, no caso dezembro de 2021, a queda nas vendas é de -8,61%, uma vez que o desempenho do Varejo no último mês do ano passado foi bastante positivo.
Projeção
A pesquisa também apontou que os lojistas ribeirão-pretanos esperam vender, em média, 8,88% a mais em fevereiro desse ano do que no mesmo mês em 2021.
Empregabilidade
A pesquisa do CPV apurou, ainda, que em janeiro houve uma redução média de -3,88% no volume de postos de trabalho no Varejo local. O resultado pode ser explicado, em grande parte, pela demissão dos trabalhadores temporários. A projeção de novas contratações para o mês de fevereiro, segundo os lojistas que participaram do levantamento, também deve ser negativa em torno de -0,6%, próxima de uma estabilidade.
Índice de Confiança
Sobre a expectativa dos lojistas para os próximos três meses de 2022 (curto prazo), numa escala de 1 a 5, em que 1 significa “muito pessimista” e 5 “muito otimista”, o Índice de Confiança SINCOVARP/CDL ficou em 2,88, considerado intermediário.
“Em dezembro de 2021 os comerciantes estavam mais otimistas no curto prazo, porém, com o avanço da variante Omicron, as notícias de que o sistema de saúde voltou a ficar sobrecarregado e o medo de que o poder público possa voltar com restrições, a confiança do Varejo diminuiu em janeiro”.
Já na perspectiva para os próximos 12 meses (longo prazo), com base na mesma escala, o Índice de Confiança SINCOVARP/CDL ficou em 3,38, considerado positivo. “A projeção de longo prazo é melhor porque os lojistas apostam em um rápido enfraquecimento da variante Omicron, por conta do avanço da vacinação contra a Covid-19. Por outro lado, ainda há temor quanto às incertezas no cenário político-econômico. Com eleições acirradas e ainda sofrendo com os impactos gerados pela pandemia, esse ano promete!”, finaliza o pesquisador.
Vanessa Del Grossi/Núcleo de Notícias