O Partido União Brasil, fusão do PSL com o DEM, confirmou em Ata suplementar do último dia 26, o nome da advogada Myrian Ravanelli Karam como candidata a Deputada Estadual. O União realizou sua convenção oficial no último dia 21, e conforme divulgado pelo Portal FNT, os pré candidatos João Rocha e Fabio Meirelles Neto, estadual e federal respectivamente, não figuraram da lista de escolhidos pela legenda para disputa do pleito de 2022.
O Portal teve acesso à Ata oficial datada de 21 de julho de 2022 e registrada no TSE, além de uma Ata complementar datada de 26 de julho, que confirma a candidata Myrian Karam na disputa de uma cadeira na Assembleia Legislativa de São Paulo. Em nenhum dos documentos oficiais constou o nome de João e Fábio, que afirmam ainda que são pre candidatos e que tem prazo até dia 5 de agosto para o registro de suas possíveis candidaturas. (Confira as Atas completas no hiperlink em destaque acima)
Myrian Karam era do PSDB, já foi ligada ao prefeito Alexandre Ferreira e dividirá os votos de apoiadores ligados à OAB, diminuindo ainda mais as chances de eleição de representantes de Franca na ALESP.
Considerando que o PSDB lançará dois candidatos a estadual, Daniel Bassi e Kaká, teremos ainda como candidatos Guilherme Cortez, Gilson de Souza, Delegada Graciela, Leone Faria, Luis Frei e Professor Fernando Martins, Leandro Patriota, Maurício Nogueira, já confirmados em suas respectivas legendas, sem contar pre candidatos de pequenas cidades da região, como Restinga que deverá ter uma candidata local e São José da Bela Vista que lança Dra Cristtiany Castro da FEAPAES; em uma breve análise, nem precisa ser especialista para compreender que a divisão pode deixar Franca sem Deputados Estaduais também, como estamos sem representantes na Câmara Federal há 8 anos.
O fato é que os partidos buscam potenciais candidatos que mesmo não tendo chances de alcançar o número de votos necessários para se eleger, esses votos somam para legenda, e elegem candidatos de renome, mas de outras regiões.
Nenhum voto é perdido para o partido, o que se perde com a desunião é o representante local.
A vaidade de colocar o nome em uma disputa a nível estadual, mesmo com chances reduzidas, ou o interesse em manter seu nome em evidência para disputar a próxima eleição municipal, transforma políticos locais em paraquedistas, piores até que aqueles que vêm de fora buscar votos na cidade e região.
O paraquedista de fora as vezes ainda se lembra da cidade e manda algumas migalhas para o município, mas o paraquedista local, não se elege, atrapalha os que realmente tem chances de uma eleição, e ignora o mal que fará ao povo da sua região.