Diferente do que muita gente pensa, felinos devem ser vacinados mesmo quando só vivem dentro de casa
Se você é tutor de gato, já deve ter escutado alguém dizendo que os bichos que não saem de casa não precisam ser vacinados. Mas esta afirmação é falsa. Mesmo que o seu pet fique só em ambiente doméstico, ele deve, sim, ser vacinado.
“Todos os gatos devem ser vacinados, inclusive aqueles que não saem de casa. Isso porque nós mesmos, quando vamos à rua ou temos contato com outros gatos, podemos levar microorganismos para nossa casa e servir de fonte de infecção para os nossos pets”, ressalta a médica-veterinária Cheryl Almada, gestora nacional do curso de Medicina Veterinária da Estácio.
Segundo a professora, existem vacinas que são obrigatórias para os gatos e aquelas que são somente recomendadas. No primeiro grupo, estão as que protegem contra a panleucopenia felina, rinotraquíte, calicivirose e raiva. Já no segundo, aquelas que evitam a leucemia viral felina e clamidiose.
“No mercado, há a vacina tríplice, que protege contra a panleucopenia felina, a rinotraqueíte e a calicivirose. Já a vacina quádrupla protege também contra a clamidiose. Além dela, há também a vacina quíntupla, que previne essas quatro doenças e a leucemia viral felina”, explica a professora.
Quando vacinar?
A imunização deve ser iniciada entre seis e oito semanas de vida, com uma vacina polivalente, ou seja, tríplice, quádrupla ou quíntupla, seguida de um ou dois reforços, com três a quatro semanas de intervalo. Já a vacina antirrábica deve ser aplicada entre 12 e 18 semanas de vida, com reforços anuais.
“A escolha da vacina (V3, V4 ou V5) a ser utilizada será feita pelo médico-veterinário, de forma individual e personalizada, conforme os fatores de risco de cada paciente. Caso o animal não seja filhote e nunca tenha sido vacinado, ele deve iniciar o protocolo quanto antes”, alerta a médica-veterinária especialista em felinos Deborah Braga, supervisora de aprimoramento médico do Grupo WeVets.
No que diz respeito às reações, Deborah elenca as mais comuns: apatia, febre transitória, redução de apetite e inflamação no local de aplicação.
“Todas podem causar reações, mas devemos lembrar que as vacinas apresentam um excelente histórico de segurança, e essas reações podem ser controladas com uso de medicamentos.”
A profissional ainda lembra que se ao animal apresentar qualquer reação, o médico-veterinário deve ser informado.
Cuidados antes da vacinação
Diferente dos cães, não basta levar o seu gato e a carteira de vacinação a um centro veterinário e pedir a aplicação das vacinas. Existem alguns cuidados que devem ser observados antes do animal receber a vacina.
“Antes de tudo, os gatos precisam estar livre de parasitas, bem nutridos, em bom estado físico geral. Animais debilitados não devem ser vacinados”, adverte a médica-veterinária Flávia Rocha, especialista em felinos.
Além disso, acrescenta Cheryl, é obrigatória a realização de sorologia para FELV, a leucemia viral felina, visto que somente gatos negativos para a doença podem ser vacinados.
Fonte: vidadebicho