O PT está preocupado com o aumento do percentual de eleitores que dizem que não votarão em Lula de jeito nenhum. Faz bem se preocupar. Rejeição em alta não é bom sinal.
Lula vestiu branco ontem em Belford Roxo, na Baixada Fluminense, Rio de Janeiro, onde falou para uma multidão, e a pedido de Simone Tebet, abandonou o vermelho.
No palanque montado em um estádio de futebol, e antes ao desfilar no centro da cidade em cima de uma camionete, Lula apertou mãos e acenou com uma bandeira do Brasil.
O conselho de Simone Tebet (MDB), sua nova aliada, era para que Lula se comportasse assim. E deverá comportar-se em todos os atos públicos daqui para frente até o fim da eleição.
Vermelho é mais PT do que Brasil no imaginário dos não petistas. E os petistas já estão com Lula. Ele precisa, agora, conquistar os indecisos ou os que o trocaram por Bolsonaro.
Numa eleição polarizada do começo ao fim, é natural que no segundo turno aumente a rejeição do candidato que saiu na frente. Só há dois candidatos, e quem vota em um rejeita o outro.
É natural também que a rejeição a Bolsonaro esteja em queda e a aprovação do seu governo em alta. Aconteceu com todo presidente candidato à reeleição de 1998 para cá.
O que ainda não aconteceu foi o candidato a presidente que foi para o segundo turno atrás chegar na frente. Até hoje nunca um presidente foi para o segundo turno atrás e venceu.