O presidente Lula revogou a Medida Provisória, editada por iniciativa do ministro Fernando Haddad, que reonerava a folha de pagamento de 17 setores produtivos, inclusive o de calçados, principal segmento industrial de Franca e Região.
Na prática, a MP encareceria a manutenção dos trabalhadores nas empresas, inviabilizando, em muitos casos, a produção e prejudicando os empregos.
Junto com o setor calçadista, outros segmentos da economia deixariam de ter a desoneração e a estimativa das associações representativas é que até um milhão de empregos ficariam comprometidos com a medida.
“Essa Medida Provisória pegaria também a construção civil, o agronegócio, o couro, TI, e-commerce, além do calçado. Muita gente perderia o empregos e fico feliz que o governo tenha recuado”, disse o vereador Daniel Bassi, que articulou com congressistas, em Brasília, pelo segmento da desoneração.
“Conversamos prontamente, quando o presidente Lula vetou o projeto de continuidade, com o deputado Arnaldo Jardim e o senador Marcos Pontes. Eles trabalharam no Congresso e o veto foi derrubado. Depois, reimplantaram a ideia por uma MP, que é cruel com o empresário e o trabalhador, mas felizmente voltaram atrás”, explicou Bassi.
Na ocasião do veto do presidente ao projeto da desoneração, a pressão em Brasília foi muito forte.
“Eu como vereador fiz o que poderia fazer. Levei a importância de se barra essa ação do governo federal. E com o trabalho do deputado Arnaldo e do senador Marcos Pontes tudo está dando certo”, concluiu o parlamentar francano.