Seguindo as mesmas diretrizes que Franca-SP seguiu, 8 distritos policiais de Ribeirão Preto-SP foram fechados no início de 2022 e os atendimentos foram concentrados na Central de Polícia Judiciária (CPJ), que foi instalada recentemente na Avenida Independência, número 1.279.
De acordo com o Delegado Seccional de Ribeirão Preto, Dr. Sebastião Vicente Picinato, a mudança é necessária e ocorre para dar mais agilidade aos atendimentos e economia à Polícia Civil, já que os distritos funcionavam em imóveis alugados. A centralização oferece uma integralização de inteligência e desburocratiza questões geográficas locais de distritos que não reconheciam ocorrências como sendo sua.
“Estávamos separados em oito distritos policiais. Com a aglutinação de todos esses distritos, concentra-se a informação, melhora a investigação e melhora o atendimento à sociedade”, afirmou.
Segundo Picinato, a Central de Flagrantes, na Rua Duque de Caxias, continuará atendendo as ocorrências apresentadas pela Polícia Militar e moradores que vão registrar boletins de ocorrência, além de abrigar a Delegacia de Investigações Gerais (DIG) e a Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes (Dise).
Em entrevista exclusiva ao repórter Alexandre Silva na manhã dessa quarta-feira, 05, o Seccional reforçou a importância da tecnologia em que todos podem fazer um boletim de ocorrência on-line, inclusive em casos que são de investigação da Delegacia da Mulher. O registro pode ser feito no site da Polícia Civil.
Em relação aos flagrantes em cidades que respondem na Deinter 3, a agilidade para o atendimento será o diferencial, tanto em questão econômica, visto que não precisarão se deslocar em viaturas, despendendo tempo e combustível, o Plantão contínuo existente na CPJ, com Delegados e escrivães, dará o atendimento de pronto, respeitando o devido processo.
Para o Delegado Sebastião Picinato, “não faz sentido ter mais de um prédio de determinado serviço em uma mesma cidade, como por exemplo, dois prédios do Ministério Público, dois Fóruns; exceto em questões de especialidades específicas, o que não é o caso.”
A cidade de Franca foi uma das primeiras no estado a se adaptar ao novo modelo que a Polícia Civil está atuando.
Especialistas entendem que a mudança vem sendo implementada como forma de justificar a falta de contratação de novos policiais, e até mesmo o sucateamento e falta de investimento sofrido pela Polícia Civil de São Paulo, já denunciado não só pelo Portal Fato no Ato como em diversos outros canais.
O déficit de agentes, escrivães e delegados na corporação é de aproximadamente de 15 mil policiais civis, de acordo com dados divulgados pela Adpesp (Associação dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo).