A Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de São Carlos desencadeou, na manhã de sexta-feira, 21, uma grande operação contra o crime organizado, desmantelando um esquema criminoso de furto e receptação de cabos telefônicos. Um barracão, utilizado como centro de processamento do material, foi estourado pela polícia, revelando uma indústria clandestina especializada na extração e revenda do cobre retirado dos fios.
O esquema envolvia regiões da Grande São Paulo, Capital, Baixada Santista, Ribeirão Preto (incluindo Franca), Matão, Araraquara, Rio Claro, Americana e Campinas. Segundo as investigações, cabos da operadora Vivo e da Telefônica do Brasil eram furtados nessas regiões e transportados para São Carlos, onde passavam por um processo de destruição e separação do cobre, conhecido no mercado ilegal como “cobre-mel”.
A investigação, conduzida pelo delegado João Fernando Batista, da DIG (Delegacia de Investigações Geraqis), levou à prisão em flagrante de dois isuspeitos: José Luiz Rios da Silva, de 35 anos, e Lauro Sérgio Centanim, de 64 anos. Um empresário de 50 anos, residente em São Carlos e apontado como um dos principais envolvidos no esquema, está foragido. Outros membros da quadrilha também estão sob investigação.
A polícia estima que cerca de 15 toneladas de cabos foram encontradas no local, mas a quantificação exata ainda será feita. Funcionários da operação ilegal afirmaram que, no dia anterior à apreensão, aproximadamente 400 quilos de cobre processado foram enviados para um destino ainda desconhecido.
“Já tínhamos informações de que havia um grande receptador em São Carlos, mas a localização exata do barracão era incerta. Através de nossas investigações, conseguimos chegar ao local e flagrar os indivíduos em plena atividade criminosa”, afirmou o delegado da DIG.
Os fios apreendidos estavam, em sua maioria, ainda no formato original, o que impossibilita a avaliação exata do prejuízo causado às empresas vítimas do crime. Segundo a Telefônica do Brasil, todos os cabos encontrados possuíam identificação da operadora Vivo, mas a polícia não descarta a possibilidade de outras empresas terem sido alvo do esquema.
A investigação segue em andamento para identificar outros envolvidos e localizar o empresário foragido. A polícia também busca determinar para onde o cobre processado era enviado e quem eram os compradores finais do material roubado.