Sócios do Fenômeno
Os R$ 400 milhões no Cruzeiro não será uma jogada individual de Ronaldo Nazário. Ele está buscando sócios para consumar a compra de 90% da SAF (Sociedade Anônima de Futebol) do clube mineiro. Um dos possíveis parceiros poderia ser o iraniano Kia Joorabchian, ao qual caberia conquistar recursos entre investidores internacionais. É o primeiro negócio, sujeito a riscos, firmado com base na nova legislação, especialmente pelo rombo financeiro dos mineiros da ordem de R$ 1 bilhão.
Quem é
Kia Joorabchian já teve uma passagem pelo futebol brasileiro: ele era o homem forte do MSI no país. A empresa, com sede em Londres, foi parceira do Corinthians entre 2004 a 2007. Na época, o Ministério Público acusou a MSI de participar de um esquema de lavagem de dinheiro e a Justiça chegou a pedir a prisão do iraniano. Kia foi apontado como testa de ferro do magnata Boris Berezovski, encontrado morto em seu apartamento em Londres, em 2013.
Consolação
Bolsonaro cogita dar uma Pasta a Marcelo Crivella na reforma ministerial programada para março. Uma das Pastas cogitadas é a da Cidadania, onde está pendurado o programa Auxílio Brasil. Seria um prêmio de consolação depois da tentativa frustrada de colocar Crivella na Embaixada do Brasil na África do Sul. Além disso, daria imunidade a Crivella. Ele responde a processos por corrupção – e até chegou a ser preso, há um ano.
Cotado
Benjamin Steinbruch está sendo cotado como possível candidato, num governo Lula, ao Ministério da Economia. Ele é um empresário do setor real, preferência do petista. Seria um contraponto ao habituado perfil dos ocupantes da Pasta. É vice-presidente licenciado da Fiesp, tem bom relacionamento com Josué Gomes da Silva, eleito presidente da entidade e tem relação histórica com Aloysio Mercadante e também próximo de Ciro Gomes.
Temperamento
Essa hipótese seria um motivo a mais para Ciro apoiar Lula num eventual segundo turno. Mas, Steinbruch também é dono de difícil temperamento. Se aceitasse o convite, deveria sair da CSN, em momento de forte consolidação da empresa. E ele não confiaria num executivo, especialmente quando a CSN estuda ampliar seus domínios no setor cimenteiro, com a compra de ativos na Argentina e no Chile.