Nesse sábado, dia 27 de Junho de 2023 a diretoria da ONG Fênix vem se manifestar sobre a Parada do Orgulho de Franca através de uma nota púbica. Segue a nota:
A ONG Fênix vem por meio dessa, comunicar toda a população que repudia o uso das 7 primeiras edições da Parada do Orgulho de Franca pelo Grupo Arco-íris e que não autoriza a continuação de peças publicitárias ou qualquer tipo de divulgação que conte as edições realizadas pela mesma.
A ONG Fênix é a primeira organização LGBTQIAPN+ de Franca, fundada em 2001 através do encontro de pessoas da comunidade no Centro Comunitário do Panorama. Já no ano seguinte (2002) ,foi realizada a primeira Parada do Orgulho. Esse trabalho continuou por anos, até que na sétima edição infelizmente houve uma tragédia, um assassinato de uma mulher transsexual.
Depois de anos tentando resgatar o movimento, a ONG Fênix se viu frágil e encurralada por pessoas que diziam querer colaborar com o movimento, mas na verdade, só gostariam de se apropriar de todo trabalho realizado até ali. Com isso o grupo arco-íris, com diversas manobras, se apropriou da parada.
Durante todas as últimas edições, tentamos arduamente construir pontes e diálogos, mas infelizmente a parada foi cerceada por apenas uma família que se diz “responsável pelas ações LGBT+ em Franca”. Vale lembrar que além de ser fundadora da Parada do Orgulho, a Fênix é responsável também pela primeira edição da Semana da Diversidade e a segunda que esteve em parceria com o Coletivo Close Certo.
A ONG vem a público, expor esses fatos, pois existe uma crescente falta de respeito e tentativa de monopolização e até sabotagem, por motivos desconhecidos, mas que em nada vem fortalecendo o movimento como uma unidade. Além de tentar desacreditar ações que estão sendo realizadas.
A Parada do Orgulho, não é propriedade de uma família ou grupo, mas sim de toda comunidade LGBTQIAPN+, já foram feitas propostas, mais de uma vez, para a criação de um COMITÊ ORGANIZADOR, onde teriam representantes de todos os grupos da cidade, mas nunca foi bem recebida.
Ano passado vimos pessoas e grupos sendo hostilizados pelos organizadores, de cima do palco, simplesmente por estarem ocupando o evento. Essa não deve ser a postura de um movimento e esse tipo de agressão não deve acontecer na Parada do Orgulho, que é de TODES.
Lamentamos mais uma vez que o evento que criamos a mais de 20 anos está sendo utilizado de forma hostil e sem ampla representação da sociedade. A ONG Fênix ressurge mais uma vez, como o próprio nome diz, para buscar levar orgulho e amor para o combate ao preconceito e sabemos que só através de boas ações vamos conquistar isso.
DIRETORIA ONG FÊNIX