Durante a 6ª Sessão Ordinária realizada na manhã desta terça-feira, dia 8 de março, no Plenário da Câmara de Franca. A munícipe Elaine Cristina Rochafez uso da Tribuna para falar sobre o Sistema do CAPS – Centro de Atenção Psicossocial.
Em sua fala na Tribuna, Elaine iniciou parabenizando todas as mulheres pelo Dia Internacional da Mulher. Em seguida, fez apelo para melhor orientação das autoridades e especialistas quanto ao tratamento de dependentes químicos.
“Existe uma diferença, o viciado usa de vez em quando e o dependente químico não tem controle da quantidade de droga que usa” disse.
Ela ainda citou as dificuldades vividas na família ‘eu tenho um genro dependente químico, eu levei até o CAPS a pedido dele, depois de 72h de uso constante de cocaína, cheguei as 11h, me pediram para esperar até as 13h. Ele foi acolhido por um enfermeiro, eu não tenho nada contra enfermagem, muito pelo contrário, acho que fazem um tremendo trabalho em todas as áreas, só que o enfermeiro não tem a escolaridade para que possa fazer esse acolhimento’
Ela enfatizou a necessidade de encaminhamento do familiar até uma unidade terapêutica e desabafou ‘depois de muita insistência ele disse sim, mas que meu genro teria que fazer tratamento durante duas semanas no CAPS para depois ser encaminhado para um médico, para ter encaminhamento para essa clínica, depois esse encaminhamento volta para o enfermeiro, e depois vai para a Secretaria de Saúde para conseguir a vaga’
Elaine lamentou ‘se nós formos somar já é quase um mês, aí tem mais dez dias por causa da Covid, o paciente tem que ficar em isolamento para poder entrar nessa clínica’
Ela ainda falou do sofrimento enfrentado para auxiliar um familiar que busca tratamento e cobrou ‘hoje estou com um jovem de 26 anos, que pediu ajuda e foi sonegada à ele’.
Elaine ainda questionou os investimentos e a falta de vagas para internação ‘nós vamos ficar assistindo isso até quando? ’.
O vereador Della Motta (PODE) esclareceu que o atendimento para dependentes químicos pode ser feito de três formas, voluntário, involuntário e compulsório. O parlamentar criticou a ausência do Estado e da agilidade no atendimento para as pessoas que buscam socorro.
‘Daqui a pouco vai virar uma cracolândia aqui e nós temos vagas para internar. Tem que ter a presença do Estado, daqui a pouco estamos enfiando a sujeira embaixo do tapete’ criticou o parlamentar.
O vereador Gilson Pelizaro (PT) se solidarizou com a munícipe e enfatizou ‘realmente é uma situação difícil, é um problema da sociedade e quem sofre é quem mais precisa. Porque se pega um abastado aí, o pai, a mãe, a avó, vai levar para uma clínica particular e eles não vão correr risco nenhum’
E cobrou ‘O Estado principalmente nesse caso, quando a pessoa quer se livrar do vício, porque não é fácil para o dependente químico, ninguém chega a uma condição dessa porque quer. Se tem como evitar danos maiores, que o faça’
O vereador Kaká (PSDB) enfatizou ‘a parte mais difícil de qualquer dependente, homem ou mulher, é quando a criatura pede ajuda, é um despertar espiritual que está acontecendo, isso é uma coisa muito difícil, demora anos. Quando a pessoa não tem lucidez para escolher, a família tem que escolher e internar compulsoriamente’ O parlamentar acrescentou ‘A questão do CAPS é o seguinte, droga tem quatro fases, experimental e habitual, vício e abuso. Quando está na fase de abuso, não é CAPS, é internação, CAPS é depois quando a pessoa voltar, o que precisa rever é o critério’
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