Um mês antes de ser encontrada morta dentro de um carro em Franca (SP), a analista financeira Thabata Caroline Gonzales Silva, de 34 anos, gravou um vídeo para mostrar marcas de agressões que teria sofrido do ex-companheiro, o policial militar Douglas da Silva Teixeira.
As imagens foram feitas, segundo a família da vítima, no mesmo dia em que ela registrou um boletim de ocorrência na Polícia Civil por agressão contra Teixeira.
De acordo com a Polícia Civil, o PM é o principal suspeito de ter matado Thabata a tiros e não foi encontrado desde que a vítima foi achada baleada na quinta-feira (18).
Nenhum advogado se apresentou para fazer a defesa dele até o momento.
A reportagem pediu mais informações sobre o policial para a PM, mas não obteve retorno até esta publicação. Anteriormente, a corporação informou que as investigações ficarão sob responsabilidade da Polícia Civil, uma vez que trata-se de um crime considerado comum.
Comunicou, no entanto, que empenha esforços para localizar o policial e repudiou o ato de violência.
Agressões
As imagens gravadas pela vítima foram enviadas pela família da vítima à EPTV, afiliada da TV Globo, e mostram ferimentos no pescoço dela (assista acima).
Segundo a família, o vídeo foi feito e enviado em 17 de outubro, mesmo dia em que a analista financeira registrou um boletim de ocorrência contra o PM por agressão.
No documento, obtido pelo g1, Thabata relatava que, após os dois voltarem de uma festa, o homem tentou manter relações sexuais com ela, mas ela se recusou. Ela contou que, por isso, foi ameaçada com uma arma e que foi agredida no pescoço.
O delegado da Polícia Civil, David Abmael David, explicou que a Polícia Militar chegou a retirar a arma de trabalho do policial por causa das agressões.
A suspeita segundo David, é de que, um mês depois disso, o homem tenha usado uma arma particular e regularizada para matar a mulher.
Por g1 Ribeirão Preto e Franca