A montadora chinesa GWM (Great Wall Motors) anunciou, na 5ª feira (27.jan.2022), a abertura de uma fábrica para a produção de carros híbridos e elétricos em Iracemápolis, cidade próxima a Limeira, no interior de São Paulo. O local, que antes abrigava uma fábrica da Mercedes-Benz, receberá a maior operação da marca fora da China.
Com capacidade de produzir até 100 mil veículos, a expectativa é que a fábrica crie 2.000 vagas de trabalho até 2025.
No Brasil, a GWM vai fabricar somente veículos SUVs e picapes híbridas e elétricas. A princípio, a empresa chinesa pretende lançar 3 marcas, uma para cada linha de produto.
Os carros terão opções de configuração de 230 cv a 430 cv de potência e 410 Nm a 762 Nm de torque.
Segundo a GWM, o consumo de combustível dos seus veículos vai de 75 km por litro a 208 km por litro, no uso combinado do motor elétrico com o motor a combustão. A autonomia elétrica é de 200 km e a recarga de 80% da bateria é feita em 30 minutos.
Os planos da empresa chinesa incluem a oferta de modelos 100% elétricos e outros de célula de hidrogênio, que ainda estão em um estágio inicial de pesquisa e desenvolvimento.
Para isso, a GWM anunciou investimentos de mais de R$ 10 bilhões na montadora em Iracemápolis, sendo que cerca de R$ 4 bilhões serão feitos de 2022 a 2025 e R$ 6 bilhões de 2026 a 2032.
O início das vendas da marca no Brasil está previsto para o último trimestre deste ano. Porém, o 1º carro produzido no país deve ser lançado só no 2º semestre de 2023.
O objetivo da montadora é se tornar um centro de exportação para a América Latina. A expectativa de faturamento anual em 2025 é de R$ 30 bilhões.
GWM GLOBAL
Fundada em 1984, a montadora chinesa está presente em mais de 60 países. Tem 70.000 funcionários e 10 centros de pesquisa e desenvolvimento.
A GWM vendeu mais de 1,28 milhão de carros em 2021. O crescimento foi de 15,2% em relação ao ano anterior. Para 2025, a previsão é atingir 4 milhões de veículos vendidos globalmente.
Atualmente, a empresa é a 4ª maior fabricante global de picapes médias. Só no gigante mercado chinês, sua participação é acima de 50%.
Fonte: Poder360