O cantor Marlon Brendon Coelho Couto, o MC Poze do Rodo, foi solto no início da tarde desta terça-feira (3). Ele foi preso na última quinta-feira (29) em investigação por apologia ao crime e envolvimento com o tráfico de drogas. As informações são do g1.
O MC estava preso no presídio de Bangu 3, no Complexo de Gericinó. Um habeas corpus determinou a sua soltura mediante o cumprimento de medidas cautelares na segunda-feira (2).
Uma multidão se aglomerou em frente ao portão do presídio horas antes da soltura de MC Poze do Rodo. Houve confusão no local e a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) teve que usar grades para conter as pessoas. Ainda, por volta das 14h, a PM usou spray de pimenta.
Teve empurra-empurra e gente passando mal no local durante a confusão. Já depois que MC Poze foi solto, às 14h50, houve queima de fogos e mais confusão. O MC subiu no teto solar de um carro junto da mulher, Vivi Noronha. Ele ainda tirou a camisa e rodou em comemoração.
A mulher de MC Poze, alvo de ação contra lavagem de dinheiro envolvendo facção no Rio de Janeiro, aguardava a saída dele no local. O cantor Oruam, amigo de Poze, também o aguardava, e comemorou a soltura.
Prisão de MC Poze do Rodo
O MC Poze do Rodo foi preso na última quinta-feira por agentes da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) da Polícia Civil do Rio de Janeiro. Ele estava na casa onde mora com a esposa e três filhos no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste do Rio.
Uma investigação foi aberta depois que vídeos de um baile funk na Cidade de Deus, na Zona Oeste do Rio, onde Poze se apresentava viralizaram. Nos vídeos, criminosos aparecem exibindo fuzis sem qualquer tipo de disfarce ou receio de serem identificados.
Ainda, o cantor realizou um show no qual apresentou diversas músicas em que menciona uma facção criminosa, dias antes da morte do policial civil José Antônio Lourenço, integrante da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), em uma operação policial na comunidade.
Nesta segunda-feira, a Justiça do Rio de Janeiro concedeu habeas corpus para o cantor. O desembargador Peterson Barroso, da Primeira Vara Criminal de Jacarepaguá, determinou a soltura e o cumprimento de medidas cautelares pelo artista. Ele escreveu na decisão que a prisão não se sustentava, já que não ficou demonstrada a imprescindibilidade da prisão para a investigação.