Com a organização principal do ”Comitê Fora Bolsonaro” da Unesp Franca, aconteceu uma manifestação em defesa das universidades públicas contra os cortes na educação, como também um apelo em geral nos retrocessos no setor da educação, por conta dos governos Federal e Estadual. Aconteceu no dia 18 de outubro em todo o país.
Nesta matéria você verá conteúdo exclusivo para o FNT e Coluna Cairo Still, com materiais enviados de Leontter Reche, Lê Magalhães e Guilherme Cortez.
O ato da última terça-feira, 18 de outubro, teve como ponto de partida a Unesp Franca, com trajeto via Cemitério Santo Agostinho, seguindo pela Avenida Presidente Vargas com chegada final no centro da cidade, onde ocorreu o ato político na Concha Acústica, reunindo aproximadamente 1.200 pessoas, entre apoiadores, simpatizantes da causa e ativistas de diversos grupos da cidade. Aconteceu inclusive em todo o país, onde houve o grande encontro entre estudantes, técnica-administrativas, técnico-administrativos em educação e docentes. Estes voltaram às ruas em todo o país contra o governo Bolsonaro no “Ato Nacional contra o Confisco de verbas da Educação”. Durante o dia foram realizadas atividades como reuniões, assembleias comunitárias e atos de rua para demonstrar a unidade da educação contra mais um corte no orçamento das Instituições Públicas de Ensino (IPE).
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O ato contou com a participação dos seguintes grupos:
PSOL / AFRONTE! / RESISTÊNCIA FEMINISTA / COLETIVO CLOSE CERTO / PT / NÚCLEO DE ESTUDANTES PETISTAS MARIA ANTÔNIA / UJC / CORRENTEZA / UFES (União Francana de Estudantes Secundaristas).
Oque acontece é que no último dia 30 de setembro, o governo promoveu mais um corte de verbas na educação, o que pode inviabilizar o funcionamento das IPE. O Decreto 11.216/22 altera o Decreto nº 10.961, de 11/02/2022, que se refere à execução do orçamento do MEC deste ano e cortou mais R$ 328,5 milhões. Com o novo corte, a redução no orçamento das universidades federais chega a R$ 763 milhões ao longo do ano. As entidades construíram um calendário unificado para retomar as ruas e, caso o governo não resolva devolver o dinheiro às IPE, as entidades seguirão mobilizadas. A DN FASUBRA orienta as entidades de base a participar de todas as atividades em conjunto com as entidades da educação em seus estados.
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A Coluna Cairo Still do FNT falou com os ativistas Leontter Reche (Coletivo Close Certo) e com Lê Magalhães (Afronte!) onde deixaram seus posicionamentos a respeito do ato. Leontter Reche que também teve espaço de fala durante o ato na Concha Acústica, nos deixou a seguinte mensagem: ”Não acabou, tem que acabar, eu quero o fim da polícia militar”, é sobre tudo uma fala, antirracista, quando pensamos a estrutura da PM e suas origens e a forma que as pessoas em geral são tratadas pela instituição, policias mal valorizados e civis mal atendidos, por uma política pública que só gera violência, medo e prejuízo, não podemos concordar. Ainda mais quando olhamos os dados e observamos os assassinatos cometido por PMs, as vítimas sempre são pessoas pretas e pobres. Quando concordamos com a situação do jeito que está, estamos concordando em pôr em risco a vida de milhares de polícias e de civis, e ninguém ganha com isso. O investimento em edição é fundamental para combater a violência violência e a discriminação de raça, gênero e classe social. Franca precisa falar sobre seus problemas para poder solucionar. Precisamos conhecer melhor nossa cidade. E defender a educação é dever de qualquer pessoa que acredita em uma sociedade do bem viver.” conclui Leontter.
Lê Magalhães também nos enviou um áudio exclusivo falando detalhes a respeito do movimento e sua importância. Lê é trans, ativista e militante do ”Afronte!”. Ouça no player:
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Veja a fala de Leontter Reche do Coletivo Close Certo durante o ato:
Guilherme Cortez, residente em Franca SP, eleito a Deputado Estadual pelo PSOL neste primeiro turno de eleições, também se posicionou a respeito dos atos por todo o país, em sua fala ele enaltece os jovens políticos, os militantes dos movimentos estudantis e também reitera a importância de banir o atual presidente para que o setor da educação no país não continue sendo afetado. Guilherme é ativista, bissexual e advogado também, você confere sua fala abaixo.
Para sugestões de pautas envie um e-mail para cairostill@fatonoato.com.br