A Delegacia de Defesa da Mulher de Franca está investigando uma denúncia de agressão envolvendo um menino de 4 anos em uma pré-escola na região do Jardim Aeroporto. Segundo Gabriela Cristina Barbosa, mãe da criança, seu filho foi agredido com uma chinelada no rosto por uma professora da escola Maria de Lourdes. O caso teria ocorrido na última quarta-feira, dia 30.
Gabriela relatou que percebeu uma marca no rosto do filho ao dar banho nele depois de buscá-lo na escola. Ao questionar a criança sobre o que teria acontecido, ela foi informada de que a professora teria desferido uma chinelada no rosto do menino e, em seguida, o ameaçado para que ele não chorasse, deixando-o sem recreio e separado das outras crianças. “Ele me contou que ela falou que, se chorasse, levaria outra chinelada”, explicou a mãe, que destacou o estado de choque do filho após o ocorrido.
Além da agressão, o menino teria sido privado de brincar e ficou isolado na sala de aula. Segundo Gabriela, seu filho relatou que foi obrigado a comer sentado no chão e não foi ao refeitório com as demais crianças. “Ele conta que ficou só na sala, não foi ao parquinho, e a professora colocou ele para comer no chão”, afirmou Gabriela.
A mãe tentou falar com a direção da escola ainda na quarta-feira, mas, como o local já estava fechado, só conseguiu retornar no dia seguinte, quando acionou a polícia. Com o acompanhamento de uma equipe policial, ela foi à Delegacia de Defesa da Mulher, onde registrou um boletim de ocorrência.
Sem resposta
Gabriela disse ter tentado contato com a diretora da escola, que afirmou que conversaria com a professora assim que ela chegasse ao trabalho, mas até a publicação da matéria, a mãe não recebeu nenhum retorno. Questionada sobre medidas tomadas pela instituição, Gabriela informou que a professora ainda não foi afastada.
Sintomas e trauma
Gabriela descreveu que seu filho está emocionalmente abalado e não quer retornar à escola. “Ele está assustado, não quer saber de escola. Se alguém se aproxima, ele acha que vai apanhar”, disse a mãe. Para ela, a situação requer uma ação urgente da pré-escola Maria de Lourdes, temendo que o comportamento da professora possa estar afetando outras crianças também.
A Delegacia de Defesa da Mulher segue com a investigação para apurar os fatos e ouvir os envolvidos, incluindo a professora. Gabriela afirma que buscará justiça e espera que a escola tome medidas para garantir a segurança de seu filho e dos demais alunos. “Espero que essa professora não continue ali, porque o que ela fez com o meu filho pode estar fazendo com outras crianças também”, desabafou Gabriela, que aguarda por uma resposta da escola e pelas conclusões da polícia.
O caso tem mobilizado a comunidade local, que espera esclarecimentos e medidas de proteção para os alunos.