Quando toda cidade de Santa Maria já sabia do incêndio os celulares das vítimas dentro da Boate não paravam de tocar com a chamada: ” mamãe ” eles tocavam sem parar dentro da bolsa, dentro da calça ou da camisa.
Eram toques pertubadores de mães desesperadas por notícias de seus filhos que não poderiam mais atender as ligações, pois já estavam mortos.
Ao todo foram 242 mortes e uma pilha de corpos dentro do banheiro de inocentes que tentavam buscar a saída de emergência.
Eu não assisti o seriado e nem pretendo, pois vivi cada dor durante todo processo, desde a notícia e depois assisti todo o julgamento que culminou na prisão dos envolvidos ouvi a dor de cada família das vítimas.
Tive e tenho muita compaixão dessa história.
Um grande marco de uma tragédia sem ter como explicar que os criminosos na verdade eram trabalhadores tentando ocupar seu espaço e construir algo bom.
Eram grandes sonhadores.
Não queriam as mortes, mas foram responsabilizados por suas atitudes ou falta delas, segundo o Júri foram alheios ao perigo.
Um memorial deve ser aberto no local onde funcionava a Boate Kiss.