A presidente do Fundo Social de Solidariedade (FUSSOL) e primeira-dama do município, Cinthya Milim Ferreira, participou da 6ª Sessão Ordinária nesta terça-feira, 8 de março, no Plenário da Casa de Leis.
Cinthya participou da homenagem em comemoração ao Dia Internacional da Mulher e na oportunidade falou sobre o novo projeto de combate à violência proposto pela Administração Municipal.
A nova unidade irá acolher, tratar e cuidar, além de vigiar toda a rede de serviços oferecidos para verificar se o tratamento indicado está correto, envolvendo todas as áreas da Prefeitura.
‘Nós temos que comemorar nossas vitórias, são muitas, mas essa comemoração, jamais pode deixar com que nós esqueçamos os números que estão aí e peço atenção dessa Casa ao projeto que protocolamos aqui’ alertou Cinthya.
A proposta é de investimento de R$ 500 mil no novo núcleo de combate à violência. Cinthya acrescentou ‘nós temos números gravíssimos de violência, e a pessoa que sofre violência, precisa passar por um processo muito forte interno, de se olhar novamente com dignidade, se reconhecer novamente, na sua força, na sua dignidade e autoestima’
Ela apresentou dados que apontam aproximadamente, 210 milhões de brasileiros convivendo com desigualdades sociais, políticas, raciais, de gênero e de acesso a bens, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE 2019).
Em 2.020, foram registrados 1.350 casos de feminicídios, no Brasil, um crescimento de 0,7% com relação à 2.019. Desse total, 74,7% das vítimas tinham entre 18 e 44 anos, 61,8% das mulheres eram negras e 81,5% foram mortas pelos companheiros ou ex-companheiros.
Os dados mostraram também que, em 2.020, 60.460 casos de violência sexual foram registrados. Isso equivale a 165 estupros por dia. Desse total, 73,7% foram casos de estupro de vulnerável, sendo que 60,6% das vítimas tinham até 13 anos. Além disso, 86,9% das vítimas eram do sexo feminino e em 85,2% dos casos o autor era conhecido.
Em Franca, as mulheres representam 51,21% da população local. Em 2.021, as Unidades de Proteção Social Especial – CREAS – receberam 40% a mais de solicitações para acompanhamento de violências relacionadas ao gênero.
A maioria dos casos relacionados à ocorrência de violência física contra a mulher. Os encaminhamentos apresentaram alta em decorrência de articulações realizadas entre a Política de Assistência Social, a Polícia Militar, através da Patrulha Maria da Penha, e o Ministério Público.
Pelos dados apresentados pela presidente do Fussol, no CREAS I que atende as regiões Centro, Sul e Leste, a violência contra mulher representou a maior violação de direitos da Unidade, requerendo o acompanhamento pela equipe da Unidade Estatal de 176 casos novos de em 2021.
Na Unidade CREAS II, responsável pelo atendimento das situações de violação de direitos da região Norte e Oeste, a demanda de acompanhamento nas situações de violência contra mulher totalizou 46 novos casos. Vale anotar que no Estado de São Paulo, no primeiro semestre, o aumento de pedidos de medidas protetivas à Justiça foi de 20%.
Informações da Promotoria Pública destacaram que os pedidos de medidas protetivas distribuídas na Comarca de Franca foram de 257 casos e no ano passado, no período de janeiro a outubro, cresceram 47,82%, chegando a 343 casos. No Estado de São Paulo, no primeiro semestre, o aumento de pedidos de medidas protetivas à Justiça foi de 20%.
E por fim concluiu ‘gente isso é sério, é grave e nós precisamos cuidar’.