De acordo com veterinária, a doença é facilmente transmitida através de contato com a saliva, urina ou fezes de animais infectados.
Fevereiro acende um alerta para a conscientização da leucemia, doença que também afeta os gatos e podem levar o animal à morte.
O Vírus da Leucemia Felina (Felv) é uma doença silenciosa e incurável. Conhecer os sintomas, formas de prevenção e como tratar seu gatinho da maneira certa, é essencial. O g1 conversou com especialistas que explicaram como este tipo de câncer age e maneiras de tratá-lo.
A veterinária Nádia Campanhol, de Itapetininga (SP), explicou que a leucemia felina também pode ser chamada de “doença dos gatos amigos”, devido ao hábito dos gatos em lamber uns aos outros, como forma de higiene.
A Felv é uma doença que pode ser transmitida com facilidade, ressalta a veterinária. “Ela é altamente contagiosa. Seu atraso na detecção pode diminuir a expectativa de vida dos bichanos. Isso porque ela afeta o sistema imunológico dos gatos, e isso aumenta a vulnerabilidade para contrair outras infecções”, explica Nádia.
Gatas prenhas que tenham positivado Felv também transmitem a doença para seus filhotes, podendo ser durante o parto ou até mesmo pela amamentação. “Lembrando que arranhões, brigas e respirar o mesmo ar não trazem perigos para seu amigo, desde que não tenham contato físico com secreções, como por exemplo a saliva”, diz a veterinária.
Contágio
A veterinária Juliana Sonoda, também de Itapetininga (SP), explicou como funcionam as formas de contágio. “Ela [Felv] pode ser transmitida através do contato de gatos afetados com gatos saudáveis, pela saliva, fezes, leite ou urina. […] É muito comum a transmissão de gatos que vivem juntos que compartilham a mesma caixa de areia, mesmo pote” comenta Juliana.
Juliana também ressalta a importância em identificar os sintomas da Felv. Confira os sintomas da leucemia felina:
- Anemia;
- Perda de peso;
- Feridas;
- Inflamações na boca;
- Anorexia;
- Febre;
- Problemas respiratórios.
Prevenção e diagnóstico
A veterinária Juliana recomenda a vacinação preventiva a partir dos dois meses de vida do gato, além da castração de machos e fêmeas, para diminuir a possibilidade dos animais saírem às ruas.
Nádia recomendou o exame de identificação chamado Elisa, ele pode ser uma alternativa para o diagnóstico precoce.
Tratamento
A veterinária Nádia enfatiza que a leucemia felina não tem cura, mas que existem maneiras de seu companheiro ter uma vida normal. “Tudo isso vai depender dos cuidados e também da manifestação da doença. […] o tratamento é somente para amenizar os sinais e sintomas”, explica.
Ainda de acordo com ela, não existe um tratamento específico para leucemia felina, porém, uma alimentação balanceada e rica em nutrientes farão com que seu gato mantenha o equilíbrio do sistema imunológico.
“Ele [gato] vai precisar de cuidados especiais pelo resto da vida. O tratamento e as orientações de como prevenir através de um médico veterinário, para que não tenha disseminação da doença”, finaliza Juliana.
Fonte: g1