Uma mulher de 24 anos foi surpreendida exercendo ilegalmente a profissão de cirurgiã dentista em uma clínica odontológica na Avenida Brasil, em Franca, na tarde de segunda-feira, dia 29. O caso foi parar na CPJ (Central de Polícia Judiciária ) de Franca, onde foi registrado boletim de ocorrência de exercício ilegal da medicina, arte dentária ou farmacêutica—artigo 282 do Código Penal Brasileiro.
De acordo com as informações disponíveis, o representante do Conselho Regional de Odontologia, Victor Jacometti, após receber denúncia dando conta de que a mulher estava trabalhando como dentista na clínica mencionada, se dirigiu ao local e avistou a suspeita, uma paciente e a filha da paciente, em uma sala. De imediato a mulher deixou a sala.
Victor se identificou e questionou a paciente sobre o motivo em que ela se encontrava na clínica. A paciente respondeu que estava fazendo uma avaliação com a suspeita, a quem se referiu como doutora.
Diante disso, o representante do CRO chamou a suspeita até a uma sala reservada e a indagou se a mesma estaria exercendo a profissão ilegalmente no local.
Inicialmente, a mulher alegou que era apenas auxiliar de dentista, para, em seguida, admitir ter realizado procedimentos inerentes a um dentista, como moldagens, remoção de suturas, limpeza, dentre outros.
Jacometti comprovou ainda que o nome da suspeita constava no programa de agendamento de consultas no computador de uma das salas. No entanto, antes de verificar o número de consultas no nome dela, o sistema foi alterado remotamente.
Diante das evidências, Jacometti acionou a Polícia Militar. O cabo Josué e o soldado Diego conduziram os envolvidos até a CPJ, onde o representante do CRO alegou ter imagens gravadas da atuação ilegal da mulher e que irá apresenta-las posteriormente.
Na delegacia, a jovem suspeita alegou que trabalha na clínica como auxiliar de dentista e que no instante da chegada do representante do Conselho Regional de Odontologia, a mesma estava recepcionando a paciente para que a mesma fosse avaliada pela dentista, que estaria numa sala ao lado, avaliando exames da mesma paciente.
A mulher alegou ainda que trabalha na clínica a cerca de um ano, e que faz moldagens, remoção de suturas, limpeza, organização, e que não trabalha como dentista. Após ser ouvida, a suspeita foi liberada. O caso continuará sendo investigado.