O aumento no número de casos de dengue e a falta de leitos de internação levaram o vereador Gilson Pelizaro (PT) a questionar o prefeito Alexandre Ferreira (PMDB) sobre a decretação de estado de emergência na saúde em Franca. Pelizaro apresentou requerimento (aprovado) solicitando informações sobre o Decreto de Estado de Emergência em Saúde efetuado pelo Estado de São Paulo.
No documento lido na íntegra durante a 12ª Sessão Ordinária realizada no auditório do Uni-Facef o parlamentar pontua que este aumento exponencial de casos de dengue tem gerado uma grande demanda pelos serviços de saúde do Município, com a escassez de leitos de internação mostrada diariamente na imprensa local.
“É de se ressaltar que com a proximidade do inverno, há o agravamento das doenças respiratórias, e consequentemente nova superlotação nos hospitais” acrescenta.
O legislador reforçou que caso seja decretado Estado de Emergência no Município, indaga-se se há estudos para a implantação de hospital de campanha, com no mínimo 50 leitos de enfermaria e 15 de UTI, até que se concluam as obras do Hospital Estadual, cuja previsão é para o segundo semestre de 2025, a fim de mitigar o colapso na Saúde causado pela falta de leitos.
Pelizaro em fala na sessão destacou ‘dezessete cidades do Estado já decretaram estado de emergência para desburocratizar e ter acesso rápido ao recurso e atender urgentemente as pessoas que precisam’
‘Na verdade a omissão das autoridades é que está fazendo as pessoas passarem por essa situação. Se o prefeito que é o Poder Executivo pode decretar estado de emergência, sabe que o Hospital Estadual vai demorar pelo menos um ano e meio para ter utilidade. O que vai acontecer nesse período?’ disse.
‘Tem estratégia para solucionar, basta vontade política e deixar de pensar um pouquinho na eleição e ir atrás do recurso e do dinheiro. Hospital de campanha não é feio! O IMA já foi utilizado como hospital de campanha, se não quiser trazer um hospital de lona, o que não tem problema nenhum de fazer, pode colocar UTI, pode colocar leitos de enfermaria e dar dignidade ao paciente. O que não pode é as famílias ficaram no estado que estão’ concluiu.
O vereador Ilton Ferreira (PL) pontuou ‘a Comissão de Saúde precisa urgentemente é criar uma comissão para saber o que está acontecendo e não esperar a Santa Casa não! E o que prefeito está fazendo? Está insuportável! Uma criança esperar 4h para ser atendida, Pronto Socorro lotado e nós precisamos saber o que está acontecendo’
‘Alguma coisa nós precisamos abrir aqui! Para entender o que está acontecendo, esperar esse prefeito sair para resolver vai demorar! É agora que precisa ser resolvido’ disse.
O vereador Zezinho Cabeleireiro (PSD) que preside a Comissão de Saúde disse ‘nós estamos batalhando há muito tempo, todos estão convidados para chamar os responsáveis da Santa Casa, porque fiz a Moção de Protesto e eles responderam com críticas dizendo que estão atendendo além do limite, mas eu duvido que a Santa Casa coloca um paciente a mais em leitos que não são do SUS’
O parlamentar ainda citou o Requerimento nº 236 de 2024 para que que seja oficiada a Presidência da Santa Casa de Misericórdia de Franca para esclarecimentos acerca da disponibilização de leitos hospitalares para atendimento e execução de procedimentos médicos através do SUS (Sistema Único de Saúde).
‘Nós montamos a CEAR da Saúde conseguimos 55 leitos na Justiça e esses leitos não aparecem! E outra só falam que está superlotado! Superlotado! Então, queremos saber da Secretária de Saúde quantas pessoas que passam pelas UPAs e Prontos Socorros e que pedem vagas para serem internadas. Vamos pedir também no DRS VIII quantas vagas são liberadas por dia e por semana. São várias explicações que precisam esclarecer sobre o que está acontecendo’ enfatizou.
Para o vereador Marcelo Tidy (União), a saúde é um problema grave e os vereadores devem cobrar os parlamentares estaduais, porque quem administra a Santa Casa de Patrocínio Paulista, Ituverava, Pedregulho, São Joaquim da Barra é o Governo do Estado de São Paulo. ’‘A gente precisa convocar e ou convidar as lideranças estaduais, os nossos deputados, para que eles entrem na batalha conosco porque o Estado é o responsável’ concluiu.