Uma série de furtos e roubos ocorridos no alto da Estação está tirando o sono de moradores e comerciantes daquela importante região em Franca. Tanto, que um bom número de proprietários de estabelecimentos comerciais já fala em contratar segurança armada para conter os ladrões, tamanho é o descrédito na Polícia Militar, que não consegue reduzir o índice de criminalidade de maneira satisfatória.
Para se ter uma idéia da audácia dos marginais, um só estabelecimento já foi invadido dez vezes. Trata-se de uma loja de móveis instalada na rua Diogo Feijó. A última invasão ocorreu na madrugada de sexta-feira, 10.
“Pessoal adentrou pela porta da frente. Arrombaram com muita rapidez, deu pra ver aqui na câmera. Já é a décima vez que entram aqui na loja. Graças a Deus desta vez não quebraram o vidro, mas, infelizmente, entram (sic) em nossa liberdade. É horrível você ver a pessoa dentro da loja e não poder fazer nada. Depois, a gente manda nos grupos (whatsApp), manda pra polícia, enfim, divulga os vídeos do cara entrando, o cara do lado de fora, e não resolve isso daí. Já faz tempo que a gente sofre com isso”, reclama o dono da loja, de nome Leonardo, que mantém o estabelecimento há 16 anos, em Franca.
Da loja de Leonardo desta feita, um ladrão levou objetos de decoração, como bandejas, causando um prejuízo de, no mínimo, R$ 500, além do dano na porta arrombada.
“Desanima de fazer qualquer coisa aqui na Estação. Essa noite roubaram os enfeites de natal aqui da loja. E parece que o cara tava com um Olivier na mão também de algum lugar. Não sei o que fazer. Só colocando segurança armada nas noites aqui na estação. Foi bem cedo.”
Esta mensagem em tom de desabafo foi postada por outro comerciante, que teve a sua loja também visitada por ladrões na manhã deste sábado, 11.
“Nesse video dá para ver eles trocando de roupa e pegando outros roubos parece. Esse de vermelho eu vi ele agora mesmo aqui na rua Diogo Feijó. Foi o mesmo que entrou a última vez na minha oficina, pegamos ele, a polícia levou ele, mais já está solto”, reclama o dono de uma oficina mecânica.
A onda de furtos e roubos no bairro Estação, nas proximidades da Praça Sabino Loureiro, parece não ter fim. Há poucos dias, a igreja sede da Assembléia de Deus, na Rua Diogo Feijó, foi invadida por ladrões, que levaram cerca de R$ 30 mil em dinheiro, além de aparelhos de som utilizados nos cultos da instituição presidida pelo pastor Isaac Ribeiro.
Há alguns meses, uma agência do Banco Santander foi invadida por ladrões que levaram cerca de R$ 460 mil. Outros pequenos furtos e roubos foram registrados ao longo deste ano. A maioria dos casos continua sem solução.
Alguns comerciantes ouvidos pela reportagem do portal e rádio Fato no Ato acreditam que a presença de moradores de rua e de outros desocupados no entorno da Mogiana, pode estar relacionado a alguns casos. “Durante a noite até que há um policiamento ostensivo na região. Mas, durante o dia, por volta de 17 horas, os moradores de rua lotam a praça Sabino Loureiro, incomodando, principalmente aos usuários de ônibus, com cantorias, bebidas alcoólicas e pedintes”, relata um comerciante que pediu para não ser identificado.
Alguns comerciantes contrataram vigilantes desarmados, porém, a medida parece não ter surtido efeito. Tanto que, em um dos grupos de whatsApp, sugeriram a contratação de segurança armada, uma vez, que no seu entender, a polícia preteriu o alto da Estação para reforçar o policiamento no Centro neste final de ano, quando as vendas de Natal tendem a aumentar.