Em entrevista exclusiva ao “Programa do Dedão”, na rádio e portal FNT, o prefeito Alexandre Ferreira (MDB) afirma que a licitação do transporte coletivo terá 3 audiências públicas e contrato de 5 anos. “Vamos passar para as pessoas que usam o transporte público para eles decidirem que tipo de transporte eles querem”, disse o prefeito, durante o lançamento da pré-candidatura a vereador do Pastor Damião Santos(MDB), no auditório do Tower Hotel, no Centro, na tarde deste domingo, 09.
“A gente abriu uma possibilidade pelo Zap (WhatsApp) durante 10 dias para as pessoas opinarem que tipo de transporte elas queriam. Aí a gente fez um levantamento, que vai ser apresentado na primeira audiência pública presencial, que vai ser na Secretaria Municipal de Educação (nesta segunda-feira, 10). Nela iremos apresentar os resultados que tivemos pelo Zap e os resultados daqueles que estiverem lá para opinarem. E a gente vai apresentar qual é o planejamento futuro também nesta audiência pública. Depois faremos outra audiência pública, quando o diagnóstico estiver feito e as soluções tiverem sido propostas, para apresentar os resultados. Depois, na terceira audiência pública, é o contrato a ser assinado, o edital a ser publicado, são as regras de como contratar a empresa que nós vamos apresentar (…) no dia seguinte a gente publica, faz a licitação, depois a gente mostra pra todo mundo, esta empresa ganhou, esta empresa perdeu por causa disso, nós vamos assinar contrato com essa aqui, de modo que toda a comunidade possa participar da decisão, como que é, como nós queremos o transporte coletivo na cidade”, observa Alexandre.
Indagado se a concessão será por 30 anos, Alexandre Ferreira foi categórico: ” Não, hoje a legislação não permite mais isso, só por cinco anos, pelo menos o estudo inicial é só por cinco anos, ainda ele não está terminado. Isso é uma coisa que nós vamos por na audiência também, as pessoas vão poder opinar, se 5, 10 ou 15, mas, com certeza essa concessão e não uma PPP, deve ser feita por 5 anos, mas, se a equipe, o grupo, as pessoas que estiverem na audiência decidirem e a lei permitir que seja por dez anos, até pra se conseguir outras empresas participando, porque veja, se vem uma empresa de fora e ela investir só por 5 anos talvez ela não consiga pegar o dinheiro dela de volta(…) se ela investir durante 3 anos e tiver mais 7 anos, talvez ela consiga resgatar o recurso investido aqui no começo. E aí a gente consegue que outras empresas se voltem para Franca e falem assim, vou fechar lá. Se a gente fechar muito corre o risco de ficar uma empresa só de novo e aí não é interessante para nós”.
Quanto a tarifa do transporte coletivo, o prefeito garante que também será decidido em audiência pública. “Não tem segredo, não tem mágica. Em Ribeirão Preto a tarifa é 5 Reais mas eles pagam R$ 17 milhões para o sistema se manter. São Paulo paga mais de R$ 20 bilhões por ano, Rio Preto (São José do Rio Preto) paga R$ 8 milhões, aqui em Franca nunca pagou, e tem um agravante, quem paga para aqueles que estão andando gratuitamente no ônibus é quem paga a tarifa cheia. Então quem tá bancando pro outro andar de graça é o passageiro, não é a Prefeitura, nem a empresa, só o que acontece, é justo ele pagar pelos outros? também acho que não, só que também acho que não é justo os outros perderem a gratuidade (…) a decisão das audiências é que vai nortear o que a gente tem de fazer. Nós vamos contratar uma empresa que vai prestar serviço para a Prefeitura transportando pessoas. Se for inteiro para a Prefeitura (pagar) tarifa zero. Não posso ser leviano e jogar a conta para os outros prefeitos da frente pagarem, que não vai fechar esta conta”, finalizou Ferreira. OUÇA A ENTREVISTA: