O estado de São Paulo tem na tarde deste sábado (4) ao menos 2,5 milhões de imóveis sem energia elétrica após os temporais que atingiram várias cidades nesta sexta-feira (3), segundo o governo paulista.
A maior parte das residências sem luz, 84%, está na área de concessão da empresa Enel, que atende a região metropolitana, onde 2,1 milhões de pessoas ainda não tiveram a energia restabelecida, de acordo com informações do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos).
A previsão da Enel é a de que o serviço seja totalmente retomado somente na terça-feira (7).
A empresa italiana é responsável pelo fornecimento de energia na capital paulista e na Região Metropolitana, onde moradores reclamam que estão há quase 24h sem luz.
De acordo com a Enel, na cidade de São Paulo, 1,4 milhão de clientes ficaram sem luz, e a companhia já restabeleceu a energia em 400 mil imóveis.
“Estamos atuando sem medir esforço. A prioridade de reestabelecimento é recuperar, primeiramente, hospitais eletrodependentes. Estamos cuidando juntos também do evento importante que vai acontecer amanhã, que é o Enem. Estamos fazendo de tudo para que ele possa acontecer sem nenhum desserviço”, disse em coletiva de imprensa o diretor de operação da Enel, Vincenzo Ruotolo.
A segunda área com mais pessoas no escuro é da concessionária CPFL, onde ao menos 400 mil pessoas estão no escuro. A empresa atende 27 municípios do interior e litoral do estado, como Campinas, Bauru, Ribeirão Preto e São José do Rio Preto, por exemplo.
A única área onde a energia foi totalmente estabelecida no estado foi a da Distribuidora EDP, que atua em 28 municípios nas regiões do Alto do Tietê, Vale do Paraíba e Litoral Norte.
O governo paulista diz que está pressionando as concessionárias a agilizarem o trabalho de retomada dos serviços nessas áreas, especialmente em locais onde estão hospitais e serviços públicos de urgência e emergência.
O Palácio dos Bandeirantes acredita que em algumas áreas do estado o fornecimento de energia só será 100% retomado em alguns dias, em virtude dos estragos gerados pelo temporal que matou ao menos seis pessoas no estados.
Enem
Tarcísio de Freitas também disse que abriu um gabinete de crise em contato com os Ministérios das Relações Institucionais e o da Educação para monitorar a situação das 308 escolas que receberão os estudantes que farão o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) neste domingo (5).
O Palácio dos Bandeirantes quer que os estudantes sejam comunicados com antecedência sobre eventuais mudanças na realização do exame, já que parte deles pode ter o dia do exame mudado para a data da 2ª Chamada do INEP, caso a energia não seja restabelecida nessas áreas.
Segundo a Enel, das 308 escolas, ao menos 84 estão sem energia neste sábado (4). E empresa se comprometeu a levar geradores para essas unidades, para garantir a aplicação dos exames.
A preocupação do governo também está com a falta de água em várias cidades, resultado direto da falta de energia que ocorre desde a tarde de sexta (3). Diversos municípios paulistas enfrentam o problema desde a madrugada.
Reclamações na Grande SP
Vários moradores da cidade de São Paulo e da Região Metropolitana estão há quase 24 horas sem energia elétrica por conta do temporal do dia anterior.
Além de causarem a morte de ao menos seis pessoas, as chuvas fortes também geraram diversos estragos e quedas de árvores sobre a fiação elétrica, o que tem dificultado o trabalho de restabelecimento de luz na capital paulista e nas cidades da Grande SP.
Por causa da falta de luz, moradores tem narrado neste sábado (4) diversos problemas para cuidarem de familiares doentes, crianças e idosos.