Enquete organizada pela deputada estadual Delegada Graciela (PL) durante o lançamento da Frente Parlamentar em prol das Delegacias de Defesa da Mulher (DDMs), sob sua coordenação, indica que os principais problemas dessas unidades policiais têm relação com recursos humanos. Dois a cada três apontamentos vão nesse sentido.
Foram 41 formulários preenchidos pelos participantes do evento, realizado no dia 19/9, na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo. Policiais e não policiais responderam quais são os principais problemas enfrentados pelas DDMs atualmente. Nas considerações foram relacionados 118 pontos de melhorias que foram classificados em sete diferentes grupos. Sessenta e seis por cento (78 de 118) das preocupações registradas envolvem recursos humanos.
A menção que mais apareceu foi a que afirma que faltam servidores para as delegacias. A falta de efetivo foi citada 27 vezes. Em segundo lugar, apareceu a necessidade de valorizar as DDMs e seus policiais: foram 23 respostas acusando esse problema. Em terceiro lugar, o apontamento de que é preciso melhorar o atendimento e o acompanhamento psicossocial das vítimas, registrado 20 vezes.
A necessidade de melhorias físicas e estruturais também foi ressaltada. Houve 16 alusões à falta de recursos materiais e outras 15 à necessidade de melhorar os prédios das DDMs. Completando o quadro de queixas registradas pela enquete, oito pessoas citaram outra preocupação que envolve os recursos humanos: que é preciso oferecer mais treinamento aos policiais. Ainda foram computadas nove menções diversas, com menor relação direta com a atuação das DDMs.
“Nossa frente parlamentar pretende estabelecer várias formas de diálogo e essa enquete foi uma forma inicial de ouvir. Embora seja um conjunto limitado de respostas, vejo que serve como ponto de partida para as nossas ações. A valorização das policiais e dos policiais que atuam nas DDMs é uma das motivações do trabalho a ser realizado e esses dados reforçam essa meta”, disse a deputada estadual Delegada Graciela, que deu conhecimento do resultado do levantamento ao secretário estadual de Segurança, Guilherme Derrite.
O público que respondeu à enquete se distribui em três diferentes perfis. Foram 24 formulários preenchidos por servidores de Delegacias de Defesa da Mulher, dez por policiais que não atuam em DDMs e sete por cidadãos que disseram não ser policiais.
“Todas as opiniões têm sua relevância, pois refletem a percepção de diferentes públicos e essa diversidade é muito importante”, afirmou a coordenadora da Frente Parlamentar em prol das DDMs. “O resultado dessa enquete vai embasar algumas das nossas ações ao longo das próximas semanas”, completou a deputada Delegada Graciela.