Israel tomou medidas drásticas nas últimas 48 horas em resposta a um ataque-surpresa do grupo extremista islâmico armado, Hamas, que teve como alvo o território israelense. O país anunciou a convocação de 300 mil reservistas, um movimento sem precedentes em sua história, indicando uma preparação para uma possível ofensiva. O ataque do Hamas, ocorrido no sábado (7), deixou centenas de vítimas fatais e mais de 100 reféns.
Em uma reação rápida ao ataque, Israel lançou mísseis sobre o território palestino, marcando o início de um conflito que está se intensificando. O porta-voz militar, Daniel Hagari, expressou a gravidade da situação, afirmando: “Nós nunca convocamos tantos reservistas, em uma escala como essa”. Além disso, o governo israelense emitiu orientações para os moradores de áreas no norte e leste da Faixa de Gaza, pedindo que deixassem suas casas, sinalizando claramente a possibilidade de uma invasão iminente.
Esta situação de tensão coloca os habitantes de Gaza em uma posição precária, uma vez que a região não possui abrigos antiaéreos oficiais para proteção em momentos de guerra. Além disso, a infraestrutura de telecomunicações palestina foi danificada em um ataque israelense, deixando muitas partes do território sem serviços de telefone e internet. A falta de abrigos seguros e a incerteza sobre como se proteger dos ataques iminentes estão gerando preocupação entre os palestinos, como Mohammad Brais, de 55 anos, que não sabia para onde ir em busca de segurança após ter fugido de sua casa, próxima a uma possível linha de frente, e ter visto sua loja ser atingida em um ataque aéreo.
Enquanto isso, dentro de Israel, uma parte das forças armadas ainda está envolvida em confrontos nas regiões que o Hamas atacou nos últimos dias. Embora o governo israelense tenha afirmado que retomou o controle dessas áreas, confrontos persistem devido à resistência de alguns palestinos armados. A escalada de violência entre o Hamas e Israel começou em 7 de outubro com o ataque-surpresa do Hamas, que se concentrou perto da fronteira da Faixa de Gaza e incluiu o lançamento de milhares de foguetes em direção a Israel, bem como invasões por terra, ar e mar. Os serviços de inteligência israelenses não conseguiram antecipar essa ofensiva, que se tornou a mais violenta ação contra o território israelense em décadas.
O Hamas, uma das maiores organizações islâmicas dos territórios palestinos, controla a Faixa de Gaza desde 2007 e é considerado um grupo terrorista por vários países, incluindo os Estados Unidos e o Reino Unido. A reação de Israel ao ataque foi rápida e intensa, incluindo ataques aéreos na Faixa de Gaza. Até o momento, o conflito resultou em um trágico saldo de vítimas, com mais de 1.400 pessoas mortas e milhares de feridos, tanto em Israel quanto na Faixa de Gaza. O mundo observa com apreensão a escalada dessa situação de longa data, que continua a gerar tensões na região.
O conflito entre Israel e Palestina tem raízes profundas e se estende por décadas, com inúmeros enfrentamentos armados e tentativas fracassadas de estabelecer a paz. A região da Faixa de Gaza, marcada pela pobreza e superpopulação, tem sido um ponto focal dessas tensões, com consequências devastadoras para os habitantes locais. Enquanto Israel é reconhecido como um Estado desde 1948, os palestinos têm lutado por sua própria autodeterminação em um território disputado, resultando em conflitos recorrentes e complexos na região.