Produção do Museu da Cana e Instituto Cultural Engenho Central mostra personagens e lugares que mantêm viva a produção da bebida. Filme faz parte de exposição
A história da Cachaça como símbolo cultural e afetivo do interior de São Paulo é o tema do documentário “NaHistória tem Cachaça”, lançado pelo Museu da Cana, em Sertãozinho (SP). O filme mostra o resgate da produção da bebida no histórico Engenho Central, fundado em 1906 por Francisco Schmidt, adquirido por Maurílio Biagi em 1964 e que passou ao status de Museu da Cana e Instituto Cultural Engenho Central em 2005, por Luiz Biagi, filho de Maurílio e traz a Fazenda Barra Grande, em Itirapuã, como referência na preservação dessa tradição.
Mais do que um registro histórico, o documentário aposta em uma abordagem antropológica. Ele destaca pessoas, ambientes e processos que mantêm viva a cultura da Cachaça no Estado. A produção integra a nova exposição do Museu da Cana e reforça o papel da bebida como patrimônio imaterial brasileiro.
A Fazenda Barra Grande, conhecida por um dos Engenhos mais antigos e respeitados do Estado, tem papel de destaque na narrativa.
“É uma honra participar de uma produção que reconhece a Cachaça como patrimônio imaterial. Quando a tradição é contada com respeito, ela inspira. Este documentário é uma ponte entre gerações e territórios”, afirma Maurílio Figueiredo Cristófani, empresário responsável pela Fazenda.
Segundo a roteirista e produtora Maria Esteves, a escolha da Barra Grande foi essencial para a construção do filme. “Fiquei impressionada com a força simbólica do local. Tudo ali, a luz, o ambiente, as pessoas, dialoga com a proposta do museu de tratar a Cachaça como expressão cultural profunda”, diz.
Dirigido por Leandro Candido e com trilha original de Lucas Oliveira, o documentário dá voz a produtores e especialistas, revelando não só técnicas de produção, mas também histórias e memórias ligadas à Cachaça. A presença da Fazenda Barra Grande amplia essa experiência, oferecendo ao público uma imersão em um universo onde a bebida é mais que um produto: é história viva.
Além de Maria Esteves (roteiro, produção e edição), a equipe conta com Leila Heck (coordenação geral), Danilo Saltarelli (direção de arte), Elliot Portugal (áudio), Ricardo Zanandréa, Alisson Santos e Eduardo Silva (técnica), e Adriana Scanavez (narração).
‘Na História tem Cachaça’ está disponível como material de apoio à exposição do Museu da Cana e será exibido em sessões especiais ao longo do ano. O Museu da Cana foi fundado por Francisco Schmidt, o Maurílio Biagi e o Luiz Biagi, filho do Maurílio que idealizou o Museu.
Veja aqui o documentário completo: https://youtu.be/-rh4P4y6Plw?si=OlXZh4Zvzbcjugtx