A Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Franca, sob o comando do delegado Alan bazalha Lopes, segue com as investigações dos assassinatos de dois comerciantes de veículos, ocorridos em circunstâncias que indicam acerto de contas. Na última terça-feira, a equipe da DIG, acompanhada de investigadores, foi até Barretos, onde localizou um veículo Fiat Strada, parcialmente queimado. O carro, furtado em São José da bela vista, teria sido usado no crime que resultou na morte de Roberto Eduardo da Mata Júnior, de 37 anos, em Franca, na Avenida Presidente Vargas.
Roberto Eduardo foi executado a tiros à luz do dia enquanto estava em seu estabelecimento. Segundo o investigador Marcos Euclides, a equipe de homicídios foi acionada após informações da Polícia Militar sobre um comerciante alvejado em um estacionamento de veículos. Ao chegar ao local, a equipe constatou que Roberto havia sido morto com 12 disparos de arma de fogo, numa ação direta e aparentemente premeditada.
Imagens de câmeras de segurança foram coletadas, e o delegado informou que a polícia está traçando o perfil dos autores. “Eles chegaram com o objetivo claro, foram diretamente na vítima e não atacaram mais ninguém”, afirmou Euclides.
O caso ganhou complexidade pelo histórico da vítima. Roberto Eduardo era sócio de Lucas Cigano, outro comerciante de veículos que foi assassinado em circunstâncias semelhantes no mês anterior. Lucas foi morto em 19 de setembro, também em Franca, em uma garagem de veículos na Avenida Major Nicásio, onde Roberto estava presente, mas conseguiu escapar ileso. As investigações apontam uma possível ligação entre os dois homicídios, considerando o envolvimento dos comerciantes em negociações de veículos e eventuais dívidas.
Na época da morte de Lucas, o delegado Gabriel Fernando Tomaz relatou que duas pessoas foram baleadas, incluindo o irmão de Lucas, mas sobreviveram. Roberto também estava no local, mas fugiu. Agora, ele tornou-se vítima de um atentado similar, o que reforça a linha de investigação de acerto de contas.
A DIG investiga se a dívida de Roberto, estimada em cerca de R$350,00 com o dono da garagem, foi um fator para o crime. No dia do assassinato, Roberto estaria em negociação de venda de um veículo Camaro. Ele foi alvejado logo após colocar a mão no bolso para tirar o dinheiro, o que indica que o crime foi planejado para não permitir reação da vítima.
Os autores dos disparos fugiram rapidamente, e a polícia agora busca identificar os responsáveis. Testemunhas estão sendo ouvidas, e as cápsulas de dois calibres diferentes encontradas no local reforçam a hipótese de execução premeditada.
As autoridades pedem a colaboração da população com qualquer informação que possa auxiliar na identificação dos autores. O Disque-Denúncia 181 está disponível para relatos anônimos que possam contribuir com a investigação.