Suspeitos da morte do filho Luiz Miguel Dominciano de Matos, de apenas 2 meses, por desnutrição, Graciela Dominciano de Souza, de 28 anos, e José Euripedes Pizzo de Matos Neto, de 27, tiveram as prisões em flagrante convertidas em preventivas pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP), durante audiência de custódia nesta segunda-feira (4).
O bebê morreu na noite de domingo (3), após dar entrada na Santa Casa de Franca com sinais de desnutrição.
De acordo com o boletim de ocorrência, ele também apresentava uma queimadura no pescoço que aparentava ter sido causada por bituca de cigarro.
Na decisão, o juiz justificou a prisão preventiva sob ‘risco de comoção social’ e ‘integridade física do casal’ até que os fatos sejam apurados.
Ainda na manhã desta segunda-feira, em entrevista ao repórter Alexandre Silva, do portal e rádio FNT, o advogado do casal, Murilo Andrade, disse que os pais de Luiz Miguel perderam outro filho recentemente, que teve um corte de bisturi no parto na Santa Casa. ” Está sendo apurada uma suposta negligência e falta de um correto atendimento no parto e no decorrer veio o falecimento do filho deles, está correndo um processo na Justiça, em fase de perícia técnica contra a Santa Casa”.
OUÇA A ENTREVISTA DE MURILO ANDRADE:
Desnutrição
Graciela e José Euripedes foram presos na noite de domingo após a polícia suspeitar que o filho do casal sofria maus tratos.
O bebê deu entrada na Santa Casa com uma parada cardiorrespiratória e estado considerado crítico. Ele tinha dois meses e pesava cerca de 2,5 kg, quase um quilo a menos do que a última vez que esteve no hospital, em outubro.
Além disso, o bebê tinha uma queimadura no pescoço, que parecia causada por bituca de cigarro.
Os médicos que atenderam Luiz Miguel acionaram a polícia e os pais foram encaminhados à delegacia para prestar esclarecimentos.
Em depoimento, Graciela disse que o filho tinha lábio leporino e era alimentado por sonda. Segundo ela, o bebê parecia ter engasgado e, por isso, ela procurou atendimento médico.
A defesa nega que Graciela e Euripedes maltratassem o filho e disse que o bebê passou por atendimento em um hospital em Campinas e não houve diagnóstico de desnutrição.
Segundo os advogados, Luiz Miguel também sofria de hipotireoidismo e fibrose cística, o que motivava a alimentação por sonda e resultou na perda de peso.
Com informações do G1 Ribeirão Preto e região
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