Na tarde de ontem (08 de Janeiro), grupos de defensores do ex- presidente Bolsonaro invadiram o Congresso Nacional e causaram destruição ao patrimônio público, incluindo obras de arte e importantes elementos da nossa história.
Entre tantas imagens de terror e destruição, uma das mais revoltantes é a agressão covarde a um Policial Militar e ao cavalo que o acompanhava. Ambos foram cercados por um grupo imenso e agredidos com barras de ferro e pauladas, em um retrato de violência descontrolada e não reprimida adequadamente pelas autoridades locais.
Além das lesões aparentes na face, o animal certamente possui outros traumas físicos causados pelas agressões e pelo intenso estresse que gera tensões musculares, muito prejudiciais aos equinos a curto e médio prazo, e que precisam ser avaliados por médicos veterinários, além dos danos psicológicos e emocionais.
Além do que vimos pelas mídias, outros animais que estavam na ação podem ter sido vítimas das agressões, pois a violência observada deixava claro que, para atingir os agentes policiais, os agressores atingiram qualquer outro indivíduo. Certamente muitos golpes foram desferidos contra os animais e os resultados são a dor, o sofrimento, o medo e o pavor. Danos físicos e mentais aos animais também são resultados de sua exploração na ação.
O uso de cavalos em ações policiais é, infelizmente, comum em patrulhamento de eventos que reúnem um grande grupo de pessoas, como shows, jogos de futebol e manifestações de rua. É uma prática arcaica que pode e deve ser substituída por métodos mais modernos e éticos.
Os cavalos são animais extremamente sensíveis a diferentes estímulos (sonoros, olfativos e físicos). Estas razões deveriam ser suficientes para não serem colocados em situações como esta.
Outra questão é o fato de serem indivíduos sencientes, com interesses próprios e direito à vida e à dignidade.
Fonte: Fórum Nacional de Proteção e Defesa Animal