Na sessão desta terça-feira, 1º, da Câmara Municipal de Franca, os vereadores aprovaram o Projeto de Lei nº 41/2024 que institui e inclui no calendário oficial de eventos do município de Franca o “Dia Municipal de Conscientização da Apraxia de fala na infância”, e dá outras providências.
No dia 14 de maio, é celebrado o Dia da Conscientização pela Apraxia de Fala na Infância nos Estados Unidos, Canadá e em diversos países do mundo.
Em 2016, inspirado nesse movimento, um grupo de pais de crianças portadoras desse transtorno motor de fala fundaram a ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE APRAXIA DE FALA NA INFÂNCIA – ABRAPRAXIA, que tinha como missão a divulgação do diagnóstico de apraxia de fala na infância no Brasil.
A Apraxia de Fala na Infância (AFI) é um tipo de transtorno motor de fala que afeta a habilidade para sequencializar os movimentos necessários para a produção dos sons da fala, que atinge uma ou duas a cada mil crianças. A criança tem ideia do que quer comunicar, mas parece “não saber o que fazer” com sua boca.
Seu cérebro falha ao planejar e programar a sequência de movimentos/gestos motores da mandíbula, dos lábios, da língua e de outros articuladores, responsáveis por produzir os sons que formam sílabas, palavras e frases. Essas crianças compreendem bem a linguagem, mas falar é um grande desafio.
Os autores da proposta Daniel Bassi (PSD) e Donizete da Farmácia (MDB) argumentam ‘É fundamental que os pais estejam cientes dos sinais precoces desse transtorno para que possam buscar o tratamento adequado o mais cedo possível’
‘A existência deste dia de conscientização proporcionará uma oportunidade para a divulgação das atividades da Abrapaxia, que desempenha um papel fundamental na disseminação de informações e no apoio às famílias afetadas por esse transtorno. Com a devida informação e divulgação dos sintomas, a identificação do diagnóstico acontece mais rápido, e com isso o tratamento precoce ocorre. Vale ressaltar, que há uma diversidade de características envolvidas nos quadros de Apraxia de fala na Infância, variando de criança para criança. Alguns desses aspectos, são observados em crianças com outros tipos de transtornos que afetam a aquisição dos sons, o que torna o diagnóstico da AFI diferente e desafiador’ defendem os parlamentares.