A ausência contínua da FEAC (Fundação Esporte, Arte e Cultura) nas reuniões do Conselho Municipal de Cultura de Franca (CMPC) está gerando grande insatisfação entre artistas e conselheiros. Já se passaram seis reuniões sem a presença de nenhum membro da FEAC voltado a pasta da cultura, evidenciando um descompromisso preocupante do poder público municipal com o setor cultural da cidade.
As reuniões itinerantes do CMPC têm como objetivo atrair maior participação de artistas locais e agentes culturais, além de auxiliar a FEAC na elaboração dos planos e projetos de editais lançados pelo Governo Federal. Esses editais visam redistribuir recursos para os artistas promoverem ações que favoreçam o desenvolvimento social e cultural de Franca.
A discussão na reunião mais recente abordou a conclusão do PAAR (Plano Anual de Aplicação de Recursos) e a adaptação do edital da Lei Paulo Gustavo para a PNAB (Política Nacional Aldir Blanc). Essas ações são fundamentais para facilitar e agilizar o processo de distribuição de recursos culturais. Além disso, foram debatidas e votadas as condições de porcentagem e classificação para garantir uma participação mais justa e inclusiva dos agentes culturais no edital da PNAB.
A insatisfação dos artistas e conselheiros com a ausência da FEAC nas reuniões é evidente. Muitos sentem que estão sendo deixados sozinhos para lidar com a carga de trabalho, que inclui a elaboração de ideias e planejamentos para oficialização pela FEAC. A falta de uma Secretaria de Cultura em Franca, aliada ao foco principal da FEAC no setor esportivo, agrava ainda mais a situação.
A ausência da FEAC nas reuniões pode comprometer o futuro do setor cultural em Franca. Se o PAAR não for efetivado com o sistema do Governo Federal até o fim de maio, os próximos editais e verbas destinadas à cultura na cidade estarão em risco. Este ano, aproximadamente 6 milhões de reais estão circulando no setor cultural de Franca, graças ao esforço dos agentes culturais e do CMPC em parceria com a FEAC.
A situação atual é alarmante para uma cidade com quase meio milhão de habitantes, onde o setor cultural é vital para a microeconomia, o turismo e a construção de uma sociedade mais consciente. A falta de uma gestão política comprometida com a cultura não só prejudica o desenvolvimento cultural, mas também o potencial econômico e social de Franca.
Sugestões de pauta sobre arte e cultura envie para jornalismo@portalfnt.com.br ou cairostill@portalfnt.com.br