O vice-governador de Minas Gerais, Paulo Brant (PSDB), declarou, nesta terça-feira (11/10), que vai votar em Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno da eleição presidencial. O posicionamento vai na direção oposta à adotada pelo governador Romeu Zema (Novo), que escolheu apoiar e fazer campanha em prol da reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL).
Rompido com Zema desde o meio deste ano, Brant afirmou que a candidatura de Bolsonaro “ameaça a democracia”. Por isso, a exemplo de outros tucanos, como o ex-prefeito de Belo Horizonte, Pimenta da Veiga, o ex-senador Aloysio Nunes (SP) e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, resolveu apoiar a chapa do PT.
“A candidatura Lula nos evoca lembranças negativas de governos petistas, mas, pela diversidade do seu arco de alianças, possui, em minha avaliação, melhores condições de resguardar o nosso sistema democrático. É, portanto, a minha escolha, como a de inúmeros companheiros no PSDB”, disse Brant, em comunicado publicado no Instagram.
Ao justificar a opção, o vice-governador mineiro teceu críticas a tópicos relacionados ao atual presidente. “A candidatura Bolsonaro, a despeito de representar uma parcela expressiva da sociedade brasileira no que tange a diversas pautas conservadoras legítimas e democráticas, foi capturada por uma extrema-direita radical, que ameaça de fato a nossa democracia”, afirmou.
No primeiro turno deste ano, Brant votou em Simone Tebet (MDB), que agora caminha com Lula. Outra ala do PSDB mineiro, por sua vez, deu apoio a Ciro Gomes (PDT).
“Nesse ponto não podemos tergiversar. Os fins não justificam os meios. A manutenção das instituições democráticas é o que importa neste momento. Só a democracia pode nos resgatar a esperança de construir uma verdadeira nação, próspera, solidária, justa e pacífica”, defendeu o tucano.
Estado de Minas