Após seis anos de restauração, popularmente conhecida como Capelinha, a Paróquia Nossa Senhora Aparecida está prestes a ser reaberta à comunidade em Franca . O imponente prédio no bairro São José teve sua origem no início do século 20 e já estava fechado em 2018 quando as obras tiveram início.
A expectativa é que a reabertura aconteça em março deste ano.
“A igreja da Capelinha é uma referência na cidade de Franca para todos os que a visitam ao longo do ano, esse lugar de alguma maneira ganhou o coração da cidade, a devoção do povo, o carinho à Nossa Senhora Aparecida”, disse o frei superior Danilo José Janegitz à EPTV Ribeirão Preto.
Histórico
A primeira Capelinha foi construída em 1910 por Manoel Valim. O escravo liberto após a abolição fundou a igreja em louvor à Nossa Senhora Aparecida porque a filha doente da visão havia alcançado a graça de ser curada.
Segundo o consultor técnico Marcelo Prestes, com o passar do tempo, a estrutura tornou-se não só um marco de fé para a cidade de Franca, mas passou a fazer parte do advento urbano dela.
“Desde a criação da primeira capelinha com Manoel Valim no início do século 20 até hoje, esse local de devoção, de culto, identidade, de memória coletiva, de pertence, continua no coração dos francanos, por isso ele foi reconhecido pela própria comunidade patrimônio cultural e imaterial da cidade de Franca.”
De acordo com o Conselho de Arquitetura e Urbanismo de São Paulo, o prédio tem hoje 1,2 mil quadrados de construção. O projeto original da forma como a capelinha é hoje é do pintor e arquiteto italiano Bonaventura Cariolato e tem presença marcante de elementos do neogótico.
Restauração
Com o projeto aprovado após ser submetido às autoridades de preservação de patrimônio, os trabalhos começaram em 2018. Além de exigir um alto investimento, a obra ainda passou por dois anos conturbados devido à pandemia de Covid em 2020 e em 2021.
Por dentro, a capelinha ganhou elevador, sistema de climatização e rampas de acesso. A obra de restauração também envolve o centro de formação para novos religiosos, as salas do santíssimo e a sacristia.
A fachada do prédio na Avenida Distrito Federal também requereu um trabalho cuidadoso de preservação das janelas, das molduras e da volumetria, além da recuperação da cor. O paisagismo foi feito de forma a evidenciar a visão integral do edifício.
Com informações de Kelven Mello/G1 Ribeirão Preto e região