Quase R$ 1 tri
O governo federal conseguiu se proteger de parte do “meteoro” de precatórios (dívidas reconhecidas pela Justiça) que teria de pagar em 2022, mas encontrará um “asteroide” de quase R$ 1 trilhão nos próximos anos. Esse é o volume recorde de reembolso a que a União está sujeita em processos nos quais a chance de derrota é alta, segundo dados do relatório de Riscos Fiscais do Tesouro Nacional.
Estava escrito
Não é de hoje que o TCU vem alertando para a fragilidade da plataforma Conecta SUS, do Ministério da Saúde, alvo de um ataque hacker na semana passada. Há quem apostasse sobre a realização de uma nova auditoria nos sistemas da Pasta pelo Tribunal de Contas. Anteriormente, a Corte identificou 24 “riscos significativos” na proteção de dados do SUS. Ou seja: a invasão da semana passada seria quase que esperada.
Salada mista
Um dos articuladores da pré-candidatura de Lula fora do PT, o governador do Maranhão, Flávio Dino (PSB) montou um palanque no Estado para 2022 que reunirá o tucano João Doria e poderá ter ainda Ciro Gomes (PDT). Há também a possibilidade da senadora Simone Tebet (MDB-MS) engrossar a lista se a aliança com o MDB no Estado for confirmada. Dino apoia para sua sucessão o vice-governador Carlos Brandão (PSDB) e poderá ter o PDT de vice. O governador, filiado ao PSB, disputará o Senado.
Papel fundamental
A reação de Michelle Bolsonaro, primeira-dama do país, quando o nome de André Mendonça foi aprovado pelo Senado para a vaga no STF, era também vitória dela. Hoje, sabe-se que Michelle teve papel fundamental na manutenção do ex-ministro da Justiça e ex-chefe da AGU como indicado. Nos meios jurídico e político dizem que ela não só defendeu a vaga como atuou junto ao marido para que ele não retirasse a indicação. A vaga no STF opôs alas do governo e até da família do presidente. Michelle é da Igreja Batista e Mendonça, pastor presbiteriano.
Você, não!
Numa roda de empresários, dia desses, Paulo Guedes contava como foi a saída de Salim Mattar do governo Bolsonaro, no ano passado. Mattar estava indignado porque Jair Bolsonaro barrara a privatização da Ceagesp. Teria insinuado casos de corrupção na central de abastecimento. Aí, entregou o seu cargo a Guedes, que ameaçou acompanhá-lo. Mattar reagiu: “Você, não, Paulo. E quem vai cuidar da economia?”.