Os idosos estão entre as principais vítimas de golpes bancários, com as falsas centrais telefônicas.
Pouco mais de R$1,4 milhão sumiram de contas de dois bancos diferentes de um idoso, de 71 anos, depois que ele atendeu a uma ligação.
“A pessoa se passou como da Central de Risco do banco e foi me induzindo a falar. Disse que havia sido colocado um outro aparelho da minha conta E que eu não tinha acesso a todas as transações que que estavam sendo feitas”, diz o idoso.
Na mesma ligação, a golpista afirmou que também era representante do outro banco do idoso.
”Essa falsária me induziu falando que também o outro banco havia sido hackeado”, acrescenta.
A família do idoso está em contato com os dois bancos.
As instituições financeiras reforçaram que nunca solicitam dados ou senhas de clientes por mensagem ou ligação telefônica.
A Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) afirmou que têm investido constantemente e de maneira massiva em campanhas de conscientização e que os bancos investem cerca de R$ 4 bilhões por ano em sistemas de tecnologia da informação (TI) voltados para segurança.
Golpes bancários se enquadram na chamada violência patrimonial contra os idosos. Neste ano, o Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania já registrou mais de 36 mil denúncias em todo o país. A média de um caso a cada dez minutos. Um o aumento é de quase 8% em relação ao mesmo período do ano passado.
São Paulo, Rio de Janeiro e Minas são os estados com mais registros.
“Um cuidado com as pessoas idosas em relação a quem compartilha seus dados pessoais, principalmente seus dados bancários. Observar, vez ou outra, para quem tem algum dinheiro guardado, como é que está essa movimentação”, afirma Alexandre da Silva, secretário Nacional dos Direitos Humanos e da Cidadania.
G1