O Tribunal de Justiça de São Paulo concedeu liberdade ao dentista Samir Panice Moussa, após a defesa dele entrar com um habeas corpus. O alvará de soltura foi expedido nesta quinta-feira (19).
Na quinta-feira passada, Moussa foi condenado a 14 anos de prisão pela morte do auditor fiscal Adriano Willian de Oliveira. O crime aconteceu em março de 2022 e, segundo o Ministério Público, foi motivado por ciúmes.
Moussa também foi condenado ao pagamento de indenização por danos morais em favor dos familiares da vítima na quantia de 50 salários mínimos.
Ele foi a júri popular no Fórum de Franca na quinta-feira (22), dois anos após o assassinato.
À época, o dentista confessou o crime à polícia e disse que matou Adriano porque o auditor estava se relacionando com a ex-mulher dele. Moussa chegou a ser preso, mas foi solto sete meses depois.
Em maio deste ano, o dentista voltou à cadeia após um recurso apresentado pelo MP à Justiça. Ele foi encontrado pela Polícia Militar na casa dele, no bairro Vila Santa Rita.
Com o alvará de soltura, Moussa deve responder pelo crime em liberdade.
O dentista Samir Moussa (à esquerda) e o auditor fiscal Adriano Willian de Oliveira (à direita), de Franca (SP) — Foto: Reprodução/EPTV
Auditor foi morto a tiros
Adriano Willian de Oliveira, de 52 anos, foi morto a tiros na noite de 12 de março de 2022, após deixar um bar na região da Avenida Major Nicácio, em Franca.
Ele entrava na caminhonete quando foi abordado um homem e surpreendido com disparos de arma de fogo. Os tiros atingiram o tórax e a cabeça de Adriano, que morreu na hora.
Momento em que suspeito se aproxima da caminhonete do auditor fiscal Adriano de Oliveira, em Franca (SP) — Foto: Reprodução/Câmeras de Segurança
No mesmo dia, com a ajuda de imagens de câmeras de segurança, a polícia identificou o veículo do atirador e chegou até o dentista Samir Panice Moussa. Ele foi preso em flagrante.
No depoimento dele, Moussa disse que agiu motivado por ciúmes da ex-mulher, de quem estava separado há um ano, e que mantinha um relacionamento com Adriano.
Segundo a polícia, no fim de 2021, o auditor fiscal registrou um boletim de ocorrência contra Moussa por perseguição.
À época, o dentista chegou a alegar que era ele quem era ameaçado e perseguido pelo auditor fiscal, que não aceitava as tentativas de reconciliação do casal, mas disse que não registrou boletim de ocorrência.
G1 Ribeirão Preto