“Agência desvirtuada”
O Judiciário é contra mandato determinado para ministros da Suprema Corte. Magistrados querem manter a aposentadoria compulsória dos ministros aos 75 anos. O presidente do STF, Luís Roberto Barroso, não vê “razão” para mexer no funcionamento da Corte. Já Gilmar Mendes foi mais direto. Para ele, caso a proposta fosse aprovada, tornaria o Supremo “mais uma agência reguladora desvirtuada”. Rodrigo Pacheco defende a coincidência das eleições, o que faria que só houvesse pleitos de quatro em quatro anos. A reeleição foi aprovada em 1997 pelo Congresso, com apoio de FHC.
“Vaquinha”
Quem diria: amigos chegados do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, que fez uma delação e não poupou o ex-presidente, estão empenhados numa vaquinha para arrumar R$ 300 mil para Cid conseguir pagar seu advogado. O pai, general Mauro Cesar Lourena Cid, tem ajudado – e pouco. Amigos dos tempos de bolsonarismo no poder andam escapando e Bolsonaro não daria um centavo. Mauro Cid tem vendido móveis e objetos de sua casa. Em sua suspeita de vaquinha, Bolsonaro conseguiu mais de R$ 1 milhão só com doações via Pix (poucos acreditam nessa versão). A vaquinha do ex-presidente era para pagar multas.
Reoneração
Representantes de grandes empresas que serão atingidas pela reoneração da folha estão trabalhando em diversas áreas da mídia nacional para o Senado devolver o veto de Lula. Elas se consideram grandes geradores de postos de trabalho e advertem que a demissão de trabalhadores deverá se espalhar em vários segmentos. Nas contas da Federação Nacional de Call Center, Instalação e Manutenção de Infraestrutura de Redes de Telecomunicação e Informática (Feninfra) serão 330 mil demissões em dois anos (entrando em vigor em abril).
Fanatismo
O ministro Alexandre de Moraes, que vem atuando na punição dos golpistas de 8 de janeiro, acaba de revelar que, em materiais obtidos pela Polícia Federal sobre detalhes do projeto de fechar o Congresso e fazer novas eleições (ou a permanência de Jair Bolsonaro no poder), encontrou trechos onde os organizadores das ações antidemocráticas falavam em enforcar o próprio Moraes. Para muitos, a possibilidade de seu assassinato revela o grau de doutrinação extremista dos participantes do golpe. Eram fanáticos seguidores de Bolsonaro.