O Conselho de Segurança Nacional e o Ministério dos Negócios Estrangeiros de Israel solicitaram, nesta quinta-feira (12), que todos os israelenses espalhados pelo mundo fiquem em alerta.
O aviso surge depois de o Hamas ter convocado um “Dia de Raiva” internacional para esta sexta-feira (13), segundo o jornal “The Jerusalem Post”.
“A liderança do Hamas fez um apelo a todos os seus apoiadores no mundo para realizarem um “Dia da Raiva” na próxima sexta-feira, pedindo para que saiam nas ruas e agridam israelenses e judeus”, cita o comunicado.
“A partir disso, é provável haver eventos de protesto em vários países em todo o mundo, o que pode evoluir para eventos violentos”, prossegue.
O Conselho de Segurança Nacional e o Ministério dos Negócios Estrangeiros de Israel pedem a todos os cidadãos que se mantenham vigilantes, se afastem de manifestações e, se necessário, informem as forças de segurança locais sobre demonstrações de ódio ou motins.
Violação grave
O Ministério das Relações Exteriores da Rússia classificou na quinta-feira (12) os ataques com mísseis de Israel contra a Síria como “uma violação grave” do direito internacional.
“Estas ações do lado israelita constituem uma violação grave da soberania da República Árabe Síria e das normas básicas do direito internacional”, afirmou o ministério num comunicado, acrescentando que “as vidas de pessoas inocentes e a segurança do tráfego aéreo internacional foram expostos a uma ameaça real.”
O comunicado afirma que tais ações podem levar a “consequências extremamente perigosas, uma vez que podem provocar uma escalada armada em toda a região” e não deveriam ser permitidas.
Ainda na quinta, a agência de comunicação estatal sírio Al-Ikhbaria relatou ataques simultâneos de mísseis israelenses nos aeroportos internacionais das duas maiores cidades da Síria – Aleppo e Damasco.
Os ataques resultaram em danos significativos às pistas, “tornando-as inoperantes”, informou o veículo.
A Rússia é conhecida por lançar ataques aéreos na Síria.
Além disso, ajuda o presidente sírio, Bashar al-Assad, cujo regime enfrenta ameaças tanto do ISIS como de grupos rebeldes. A Rússia afirma que os seus ataques aéreos têm como alvo o ISIS, mas muitos ataques atingiram áreas controladas pelos rebeldes.