Cinco pessoas foram presas na manhã desta segunda-feira (13), suspeitas de integrar uma quadrilha que aplicava golpes fingindo ser agentes do Ministério da Saúde, que realizavam uma falsa pesquisa para invadir o aplicativo de mensagens WhatsApp das vítimas. As detenções ocorreram em Itaquera, na zona leste da capital paulista.
Segundo a polícia, agentes da Deic (Divisão Especializada de Investigações Criminais) de Sorocaba (99 km de SP) cumpriram 12 mandados de busca e apreensão, sem informar as localidades, além das cinco prisões, feitas por meio de mandados judiciais.
Além das prisões, também foram apreendidos equipamentos eletrônicos e comprovantes das fraudes, que são analisados pela Polícia Civil.
Os criminosos, segundo a investigação, se passavam por agentes do Ministério da Saúde e faziam perguntas sobre o novo coronavírus. Depois mandavam números para as vítimas, dizendo ser protocolo de atendimento para a pesquisa, e pediam para que lessem as informações. Na verdade esses códigos permitiam que a quadrilha invadisse o celular da vítima e passasse a controlar o WhatsApp.
Com acesso ao aplicativo de mensagens, os golpistas, por exemplo, pediam empréstimos para os contatos da vítima.
As identidades dos presos não foram informadas, por isso, não foi possível encontrar os advogados de defesa.
Na semana passada, dois irmãos foram presos suspeitos de desviar cerca de R$ 13 milhões com transações comerciais fraudulentas, segundo a polícia, feitas por meio de transferências bancárias via Pix.
Dicas de segurança
Proteja seus dados pessoais, sem revelar senhas e número de documentos para desconhecidos. Quando perceber qualquer movimentação estranha em sua conta corrente, poupança, ou celular para de funcionar repentinamente, avise seu gerente ou contate a operadora do seu celular. Desconfie de ligações ou mensagens inesperadas. Comunique às empresas responsáveis assim que desconfiar de qualquer ação em seu nome. Nunca dê números de documentos em pesquisas, caso o entrevistador de procurar em casa. Cheque com o órgão representado se de fato há uma pesquisa em andamento. Registre boletim de ocorrência na delegacia mais próxima, caso perceba que foi alvo de golpistas.
Fontes: Febraban e Secretaria da Segurança Pública de São Paulo.