Adiada
Enquanto o nome de Augusto Aras é até cotado para permanecer na Procuradoria-Geral da República, o presidente Lula avisa o Ministério Público de que a definição de quem vai chefiar o bloco de procuradores vai demorar mais que o esperado, podendo esticar até mais do final de setembro (é quando Aras sai). Se acontecer, a chefia do MPF fica nas mãos de um interino. Um dos motivos do adiamento é a coincidência de calendário entre a sucessão na PGR e a substituição da ministra Rosa Weber, que se aposenta do STF em outubro.
Baixar as vendas
A ideia de Lula de mobiliar os imóveis do programa ‘Minha Casa, Minha Vida’ ou promover uma campanha de preços baixos para eletrodomésticos fez o setor ficar torcendo por seu eventual aquecimento. Em 2022, as vendas de eletrodomésticos (e móveis também) caíram 6,7% em relação ao ano anterior, quando a retração já alcançara 7%. O pessoal da equipe econômica não gosta da ideia. E também a hipótese de instalação de painéis solares fica de fora: surgiu no governo Bolsonaro dentro do ‘Casa Verde e Amarela’, sua versão do programa habitacional.
Ideia de fusão
Analistas mais práticos da situação que aflige a rede varejista brasileira, aumentada com a fraude da Americanas, acham que uma alternativa que impactasse o setor poderia ser uma fusão justamente entre a empresa de Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira e o Magazine Luiza, também asfixiado e comandado por Luiza Trajano. No tempo dos generais, foi assim com o Projeto Jari: Azevedo Antunes, Antônio Ermírio de Moraes, João Fortes e outros foram chamados para salvar a empresa. Os bancos entre Americanas e Magazine Luiza são praticamente os mesmos e com o apoio do BNDES poderiam ser criadas condições para a fusão. Seria para esses analistas uma “JBS do varejo”. Entre as duas, existem 75 mil funcionários.