No último domingo, dia 04, a cidade de Franca, se vê envolta em um caso perturbador de transfobia. Uma jovem de 18 anos, identificada como Victória Queiroz, denunciou à polícia o tratamento discriminatório e violento que sofreu por parte de um indivíduo, identificado como, Renato .O incidente suscitou uma onda de preocupação na comunidade LGBTQ+ e reacendeu o debate sobre a necessidade de proteção e respeito aos direitos das pessoas trans.
Segundo relatos de Victória, o ocorrido teve lugar na última semana, quando a vítima se encontrava em um espaço público no bairro Esmeralda. a mesma estava acompanhada por sua mãe, quando ao chegar em frente a lanchonete, já foi interceptada, na porta do estabelecimento com ofensas transfóbicas. Mesmo assim, ingressou no estabelecimento, onde aguardava seu pedido. Em determinado momento o agressor, segundo relato de testemunhas, entrou na lanchonete já com dizeres “você não é mulher, nunca vai ser”, e mesmo, depois da vítima, trocar de lugar na lanchonete, as ofensas continuaram e acabaram em agressão. A situação deixou-a em estado de choque e ela imediatamente buscou ajuda, registrando um boletim de ocorrência na delegacia local.
A jovem, que há muito tempo enfrenta o estigma e a discriminação em sua jornada como mulher trans, relatou à polícia que vive com medo constante de represálias e ataques, o que a levou a tomar a difícil decisão de tornar pública sua experiência. A denúncia corajosa de Victória lança luz sobre a realidade enfrentada por muitas pessoas trans no Brasil, onde a violência transfóbica continua sendo uma triste realidade.
O Coletivo Close Certo de Franca manifestou solidariedade a Victória, condenando veementemente o episódio de transfobia e exigindo que as autoridades competentes investiguem o caso com rigor. Em comunicado à imprensa, a entidade ressaltou a importância de uma resposta eficaz para coibir e punir crimes de ódio contra a população trans, a fim de garantir a segurança e a igualdade de direitos de todos.
A transfobia é uma forma de discriminação que afeta diretamente a vida de milhares de pessoas no Brasil. Dados do Grupo Gay da Bahia revelam que, somente em 2022, foram registradas 175 mortes violentas de pessoas trans no país, tornando o Brasil o país que mais mata pessoas trans no mundo. Diante desse contexto alarmante, a sociedade civil e as instituições devem unir esforços para combater a transfobia e promover a inclusão e o respeito à diversidade.