Política de estado
A Abrafarma, associação do varejo farmacêutico, está tentando convencer políticos do PT a converter a Farmácia Popular em sua política de estado, como é o Bolsa Família. Daria perenidade ao programa, independente de quaisquer governos. A retoma da Farmácia já foi anunciada, mas até agora o Ministério da Saúde (alô, Nísia Trindade) não apresentou o projeto. Detalhe: o TCU é contra porque acha que apresenta riso de fraudes e desvios. É que os ministros, com nobres salários, não têm problemas para comprar remédios.
Janja tem
O hábito de Lula não usar celular tem provocado um certo desconforto entre assessores, aliados e até ministros de seu governo, sem contar integrantes da cúpula do Congresso. Quando surge um problema, que necessitam falar com ele tem recorrido a um dois dos assessores mais próximos. Detalhe: Janja tem celular, mas que ninguém se atreva a pedir para ela se necessitar falar com Lula, embora a primeira-dama ligue para falar com auxiliares do governo – e suas amigas, claro.
Avalista
A Argentina conseguiu um empréstimo de US$ 7 bilhões (R$ 35 bilhões) do banco dos Brics, agora presidido por Dilma Rousseff. Os jornais argentino, contudo, é que revelaram o detalhe da operação: o Brasil será avalista da operação. Os próprios argentinos apostam que o governo não pagar o empréstimo. Ou seja, sobrará mesmo para o lado de cá. O amigo Alberto Fernández agradece profundamente Lula. O banco dos Brics pode emprestar para países não-membros: só que um dos membros tem de oferecer garantia de seu Tesouro.
Vaidosa bem paga
A procuradora Carla Fleury de Souza, do Ministério Público de Goiás, que ficou famosa por reclamar que o salário de R$ 37,5 mil mensais só paga suas “vaidades” e por “ter dó” dos procuradores em início de carreira, ganhou no ano passado nada menos do que R$ 756,4 mil. Só em dezembro de 2022, R$ 92 mil. Entre janeiro de 2022 e abril de 2023, seu menor salário foi de R$ 41,8 mil pagos em fevereiro, março e abril do ano passado. Em casa, quem paga tudo é seu marido.