A primeira semana da Expoagro foi marcada por centenas de multas de trânsito, e por reclamações de flanelinhas, até de fora de Franca ludibriando as pessoas nos arredores do parque de exposições Fernando Costa.
Um munícipe flagrou o momento em que policiais multavam veículos estacionados no canteiro central próximo à CENAP e Bombas Rochefer, e conta com exclusividade ao programa do Dedão o modus operandi dos flanelinhas.
De acordo com Silvio, esses flanelinhas oriundos de Ribeirão Preto, afirmam que são donos da área, que foi alugada para eles, dando a entender que estacionar ali não seria crime, (como de fato é, de acordo com o CTB), assim, após a pessoa pagar R$ 50 ela vai para a festa com uma certa tranquilidade, mas ao retornar, encontra no para-brisa do veículo o registro da infração. Conforme o Artigo 181. Inciso VIII do CTB: “é infração grave estacionar ao lado ou sobre canteiro central/divisores de pista de rolamento.”
- A multa é de R$ 195.23;
- 5 pontos na CNH;
- e o Veículo pode levado ao pátio.
A área em frente o parque Fernando Costa tradicionalmente é destinado à entidades sociais, e em shows de grandes artistas, acaba tendo suas vagas esgotadas muito cedo, abrindo assim a espaço para oportunistas criarem um negócio em locais proibidos, que só é fiscalizado após lotação completa, onde o próprio infrator, que foi ludibriado, não poderá alegar desconhecimento da lei em sua defesa.
O FLANELINHA
Você estaciona o seu veículo em via pública, mal sai do carro e alguém que estava próximo faz um sinal e aguarda a sua confirmação. Você se sente coagido e não vê outra alternativa a não ser confirmar. Esse flagelo já se arrasta há décadas e já faz parte do estereótipo urbano.
Em verdade, quando o guardador irregular pergunta a você, de forma simpática, se pode vigiar o seu carro, e você responde que sim, o que está subentendido é o seguinte: ele faz sinal anunciando que, ou você paga, ou talvez o seu veículo será alvo de vandalismo praticado por ele ou por algum dos seus comparsas. Por sua vez, você confere o “ok” a ele dizendo, em verdade, que não vê outra alternativa a não ser pagar um determinado valor para que ele não estrague o seu patrimônio.