Ex-globais na penúria
Sob a justificativa de que está sendo estruturado um novo modelo de negócio de televisão e, certamente, também devido a seus últimos resultados financeiros, a Globo já demitiu centenas de artistas que faziam parte de seu elenco fixo – e caro. A decisão da emissora provocou – e nem poderia ser diferente – um efeito grave na vida financeira de diversos famosos (sem contar o que poderá acontecer à leva de jornalistas demitidos nas últimas semanas) que hoje, enfrentam dificuldades para quitar condomínio, IPTU, IPVA e empréstimos, além de falta de dinheiro até para supermercado. Com o contrato anterior, tinham previsão de receita. Agora, com salário bem menor, a Globo demora até um ano para chamar o demitido para um novo trabalho.
Vaquinhas
Com as dívidas crescentes, os artistas afastados estão vendendo o patrimônio para subsistir e ganhar fôlego financeiro. Mesmo os que vivem em luxuosos condomínios na Barra da Tijuca dispensam funcionários de manutenção. Uma parcela de atores e atrizes – e isso tudo está nas redes sociais – enfrentam depressão e estão sendo ajudados por outros através de vaquinhas para comer. Sem condições de pagamento, quase todos dispensaram assessores de imprensa para tentar manter sua imagem em alta. Os novos salários de quem é chamado são baseados na tabela do sindicato.
Dois salários
Jorge Sampaoli, novo técnico argentino do Flamengo, vai receber R$ 2 milhões por mês, quase igual ao jogador Gabigol e só perdendo para Dudu (R$ 2,2 milhões) do Palmeiras. Sampaoli, contudo, recebe também mensalmente um cheque gordo de outro clube brasileiro. Quando saiu do Santos, em 2021, fez um acordo para receber direitos trabalhistas no total de R$ 5,2 milhões, dos quais já recebeu R$ 3 milhões. O Santos deposita mensalmente R$ 180 mil na conta dele até alcançar o total acordado.
Esqueletos
Por conta de esqueletos encontrados no armário dos supermercados Big, o Advent quer entrar na Justiça contra o Walmart, com o objetivo de ser ressarcido pela perda de R$ 1 bilhão na venda da rede varejista para o Carrefour. Trata-se do valor que a gestora de recursos se viu obrigada a abater do preço final negociado com os franceses. A cifra corresponde à metade dos processos trabalhistas do Big não provisionados em balanço que foram descortinados pelo Carrefour (o Advent não tinha conhecimento) e depois confirmados por auditoria externa.