Cartões temem juro tabelado
Governo, Febraban, integrantes da indústria de cartões de crédito e Banco Central estão constituindo grupo para discutir redução dos juros anuais (417,4%, considerado os mais altos do mundo) do rotativo. A indústria financeira, que alega que a cadeia dos cartões é exatamente complexa, não quer mudar, mesmo admitindo que a taxa é muito alta. O receio do setor é que a ala política do governo ou mesmo o Congresso acaba aprovando uma medida apressada para reduzir os juros. Já existe projeto na Câmara de Lindbergh Farias (PT-RJ), apoiado por Gleisi Hoffmann, estabelecendo teto de juros sobre faturas do cartão de pessoas físicas e micro empreendedoras individuais. Determina um limite de 8% ao mês, equivalente a 150% ao ano.
1º de Maio
Tarcísio de Freitas foi convidado pelas centrais sindicais para ato de 1º de Maio no Vale do Anhangabaú, em São Paulo. Estarão reunidas CUT, Força Sindical, UGT, CSB e CTB e foram convidados parlamentares fora da órbita da esquerda, como Arthur Lira, presidente da Câmara e Rodrigo Pacheco, presidente do Senado. O presidente Lula já confirmou sua presença no grande evento, que terá apresentações de Dexter, Leci Brandão e Samanta Schmütz.
Mapeamento
A ex-diretora da inteligência do Ministério da Justiça, Marília Alencar, confirmou à Polícia Federal ter feito um mapeamento dos locais onde Lula havia obtido mais votos no primeiro turno da eleição. Fez o mapeamento a pedido de seu chefe, o então ministro da Justiça, Anderson Torres, preso há 100 dias num batalhão da PM de Guará, no Distrito Federal, após atentados golpistas de 8 de janeiro. O mapeamento serviu como suporte para operação de bloqueios em rodovias federais em 30 de outubro do ano passado, dia do 2º turno das eleições.
Renegociação
Novas gestões tanto do Banco do Brasil quanto da Caixa passaram a adotar postura mais flexível na renegociação das dívidas da Rossi Residencial. Os dois bancos deverão aprovar o plano da empresa, que prevê deságios de até 75% sobre o passivo. A Caixa é o maior credor da Rossi: R$ 450 milhões. No BB, o passivo é bem miúdo: R$ 30 milhões. A Rossi é focada mais na classe média, segmento em que operações de crédito imobiliário não tem a rede de proteção da Minha Casa, Minha Vida, por exemplo e um revés da empresa o governo acha que provocaria um super abalo no setor imobiliário como um todo.