O adolescente de 13 anos que matou a facadas uma professora e feriu outras quatro pessoas na Escola Estadual Thomazia Montoro, nesta segunda-feira (27), planejava um atentado com arma de fogo, segundo o secretário da Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite.
De acordo com o secretário da Educação, Renato Feder, o agressor teve problemas com violência em outra escola, além de ter proferido insultos racistas contra colegas da Thomazia Montoro.
Feder anunciou a ampliação do programa Conviva – responsável por oferecer suporte emocional para estudantes -, que passará a contar com 5 mil profissionais (atualmente são 500), distribuídos por todo o estado. Além disso, os atendimentos psicológicos presenciais serão retomados nas escolas.
Professora estava fazendo a chamada quando foi esfaqueada, diz aluno
Um estudante que estava na sala de aula da professora Elisabeth Tenreiro, de 71 anos, que morreu após ser esfaqueada por um adolescente de 13 anos na manhã desta segunda-feira (27), afirmou que ela estava fazendo a chamada quando o ataque aconteceu.
“Eu estava falando com ela, a professora estava fazendo chamada”, disse. Elisabeth ministrava aulas de Ciências na Escola Estadual Thomazia Montoro, na Vila Sônia, zona oeste de São Paulo. Outras quatro pessoas — três professores e um aluno — ficaram feridas, segundo o governo de São Paulo.
O aluno, que também tem 13 anos, conta que, logo no início da manhã, o colega que cometeu o atentado entrou na sala com uma máscara de caveira e desferiu golpes nas costas da professora.
“Parecia que ele estava com uma faca de cozinha, era preta. Sabe o atentado de Columbine? Ele estava com uma máscara assim”, pontuou, se referindo ao ataque em uma escola dos Estados Unidos em 1999.
Apavorados, os alunos saíram correndo para o pátio da escola e tiveram que se esconder pelos cantos, já que o portão estava fechado. “Nesse momento, eu caí e acabei machucando meu pé”, relata o aluno. Ele saiu da escola mancando e com um pé descalçado.
Pais de estudantes ouvidos pela reportagem contam que teriam ocorrido brigas entre alunos na última semana. O autor dos ataques teria sido um dos envolvidos, e a professora Elisabeth, vítima do atentado, uma das que separaram os conflitos.
O alvo principal do autor do atentado não foi à escola nesta segunda, segundo esses relatos.
CNN Brasil