Só dois meses
A drag queen Ruth Venceremos foi convidada, em janeiro, por Lula para assumir a assessoria de diversidade e participação da Secretaria de Comunicação do governo. Agora, dois meses depois, Erivan Hilário dos Santos, nome de batismo de Ruth, deixa o posto. Funcionários próximos de Ruth (ela ganhou uma sala no anexo do Ministério das Comunicações sem nenhum assessor) acham que Ruth se sentia escanteada e não era chamada para reuniões na Secom nem para agendas públicas do governo. E Ruth também não se sentia à vontade para trabalhar produzida como drag queen.
Holofote
Esta semana, o publicitário Nizan Guanaes está debaixo de holofotes: sua presença é anunciada nos jornais num evento chamado “Brasil Conference at Harvard & MIT” com o tema “O Brasil está preparado para o futuro?” (professores de Harvard participarão) e também num anúncio de página inteira em alguns jornais sobre sua nova empresa, a “N. Ideias”. A consoante inicial refere-se à possibilidade de trabalhar em “n áreas” e, por coincidência, é a primeira letra do nome do publicitário.
Sem chance
Assessores próximos de Lula acham que, neste primeiro semestre, não há chances do governo investir na reforma das polícias, ampliação da Força nacional ou qualquer outro tema complicado na área de segurança pública. Reconhecem que o Planalto não conseguiu até agora nem mesmo nomear cargos para o segundo e terceiro escalão ou, pior que isso, não conseguiu formar sua base de apoio no Congresso – e acabará optando pelo famoso “toma lá, dá cá”. Na campanha, Lula queria criar um Ministério da Segurança Pública separado do Ministério da Justiça não deu; a ideia rachou os aliados do petista.
União da direita
O presidente do PP, Ciro Nogueira, ex-titular da Casa Civil no governo Bolsonaro, está convicto de que é preciso fortalecer a direita na cidade de São Paulo para ampliar os votos para 2026. Passou a viajar mais pelo Estado, aumentou o valor da verba partidária destinada ao diretório local e trabalha por uma grande aliança em torno do prefeito Ricardo Nunes (MDB) na disputa contra Guilherme Boulos (Psol) candidato do MST- e de Lula. Em São Paulo, à título de lembrança, Bolsonaro perdeu por 53,5 % a 46,5% para Lula.