O fazendeiro preso nesta segunda-feira (12) por suspeita de mandar matar a ex-mulher em Patrocínio Paulista (SP), em abril deste ano, teria pago pelo menos R$ 20 mil ao atirador contratado para executar o crime, segundo a Polícia Civil.
Janaína de Oliveira Carrijo, de 48 anos, foi morta a tiros dentro do carro, quando seguia com a filha, de 11, pela Rodovia Ronan Rocha, entre Itirapuã (SP) e Patrocínio Paulista. Luciano Bertelli, ex-marido da vítima, sempre negou participação no crime.
Para o delegado Márcio Murari, a investigação indica Luciano como mandante do assassinato. Após a apresentação das provas ao Ministério Público e ao Poder Judiciário, o fazendeiro teve a prisão temporária decretada por 30 dias.
“São provas firmes, provas colhidas durante toda a investigação policial no inquérito, que apontam cabalmente para a participação do Luciano, o mandante do crime”, afirma.
O G1 não conseguiu localizar a defesa de Bertelli.
Encontro antes do crime
Cerca de uma hora antes do crime, o carro da vítima foi visto em uma sorveteria de Itirapuã. As imagens feitas por uma câmera de segurança mostram o ex-marido junto à filha atravessando a rua em direção ao estabelecimento.
Segundo testemunhas, depois de uma permanência rápida no local, a adolescente entrou no carro da mãe e foi embora com ela, enquanto o pai seguiu por outro caminho.
De acordo com Murari, o encontro foi armado para que o atirador pudesse perseguir Janaína após o fim do passeio. Imagens de um carro que acompanhava a vítima gravadas por câmeras de segurança foram essenciais para a identificação dos envolvidos.
Negociações com o atirador
Nesta segunda, a Polícia Civil também prendeu uma mulher, de 38 anos, suspeita de fazer a “ponte” entre Luciano e o assassino. De acordo com a instituição, o atirador já foi identificado e possui ficha criminal, mas segue foragido.
A Polícia Civil ainda não informou o que teria levado Bertelli a premeditar o homicídio. O fazendeiro chegou a passar por um teste residuográfico para detectar vestígios de pólvora nas mãos, mas o resultado não foi divulgado pelas autoridades.
Janaína era servidora pública e atuava no Fórum de Franca (SP). Antes de morrer, ela registrou boletins de ocorrência contra o ex-marido por ameaças.
EPTV Ribeirão