Novo profeta
O ex-presidente Jair Bolsonaro resolveu sair da casca em Orlando, onde está há um mês (e deverá ficar por mais tempo), virou profeta e há quem diga que deve ter tido uma visão: “Lula não vai durar muito tempo”. Só não precisou o que poderá acontecer: impeachment, morte ou qualquer outro motivo. De quebra, ressuscitou ataque ao sistema eleitoral, dizendo que houve fraude no primeiro turno. Mais: ele tem novo problema. Com seu novo visto de turista (válido para seis meses), não pode fazer qualquer serviço pago nos Estados Unidos. Ou seja: a ideia de fazer palestras lá por US$ 50 mil cada uma vai naufragar. Só se for de graça – ou por fora. E a vaquinha feita por empresários daqui a pouco vai evaporar.
Decepcionada
Quem ficou muito decepcionada com a vitória de Rodrigo Pacheco no Senado foi a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, que até participou da campanha do derrotado bolsonarista Rogério Marinho. Ela achava que sua entrada no bloco pró-Marinho reforçaria a votação, mas não aconteceu. Michelle foi assistir à posse de novos senadores, ao lado da eleita Damares Alves e saiu do plenário, antes do resultado da votação. Uma repórter, na saída, lhe perguntou se o ex-presidente “tinha medo de ser preso”. E ela: “Não é ele que tem de ter medo de ser preso”.
Quem ganhou
Valdemar Costa Neto, dono do PL, achava que seu partido, ao lado do PP de Ciro Nogueira e do Republicanos de Marcos Pereira, gerava uma força mais do que suficiente para eleger Rogério Marinho para a presidência do Senado. Não deu e Valdemar argumentou que “quem ganhou foi o governo” e que “é muito difícil enfrentar o governo”. Para quem tem memória curta: PT e PL aliados na reeleição de Arthur Lira é uma reedição de 2002, quando o partido de Valdemar ocupou a vice-presidência de Lula na figura do então senador José Alencar. A parceria se repetiu em 2006, com o mesmo Alencar na vice.
Nos aeroportos
A pauta da última reunião do Conselho Nacional de Autoridades Portuárias (Conaero) desperta preocupações no Ministério da Justiça em relação à segurança institucional. O colegiado da Conaero, instância consultiva e deliberativa formada por representantes de nove órgãos do governo, alertou sobre os riscos de segurança nos grandes terminais brasileiros. Os conselheiros recomendaram que a Abin e outros órgãos de inteligência passassem a produzir relatórios periódicos sobre os 20 maiores aeroportos de passageiros no Brasil. E propôs maior integração entre a PF e PMs na segurança dessas instalações.