Guerra no e-commerce
Além de bancos e fornecedores, empresas de e-commerce que atuam no marketplace da Americanas também buscam proteção contra eventual calote do famoso trio de acionistas. Diversos sellers, como são chamados os parceiros, vão entrar na Justiça contra a rede varejista. O grupo incluiria inclui de pequenos e médios varejista a grandes fabricantes de eletroeletrônicos que mantém lojas hospedadas no americanas.com.br O objetivo dos sellers é obter alguma medida cautelar que garanta o pagamento antecipado referente às vendas realizadas por meio do americanas.com.br. No paralelo, lojistas parceiros têm reduzido ou mesmo cancelado a oferta de produtos à rede varejista. Na prática, estão brecando novas vendas de mercadorias por meio da plataforma de e-commerce.
Levando de arrasto
A crise da Americanas ameaça levar de arrasto um enorme ecossistema de parceiros no marketplace. Ao todo, a Americanas, soma quase 150 mil sellers, em sua maioria, pequenos e médios varejistas com fôlego financeiro. Mais: o escândalo contábil estourou num momento em que a companhia e parceiros lojistas já enfrentava solavancos. Em 1º de janeiro, poucos dias antes da fraude vir à público, a Americanas aumentava a taxa de comissão cobrada dos sellers (em alguns segmentos de 12% para 17%). Ou seja: acionistas e dirigentes já sabiam que iriam precisar de receita nova.
Fogo amigo
A antipatia do mercado financeiro e de empresários ao ministro Fernando Haddad (Fazenda) está longe de ser seu principal desafio, dizem os analistas. O problema é mais na política. O risco não é tanto provocado por inimigos externos, mas o fogo amigo que deve arder nos próximos quatro anos. O governo Lula começa com uma lista de nomes pensando em 2026. Traduzindo: se Haddad cai, aumenta a lista dos petistas que sonham com o Planalto – e também aliados próximos. O primeiro teste de força do ex-prefeito de São Paulo será o arcabouço fiscal ou a reforma tributária. Será mente sob sua alçada o Coaf quando o Congresso vai votar a MP que tirou o organismo do controle do Banco Central.
Quem se habilita?
Se o brasileiro tem dificuldades para comprar um carro a combustão novo, o preço dos elétricos é de pirar. No Brasil, os modelos 100% elétricos mais baratos custam em torno de R$ 150 mil. Na faixa intermediária, nenhum sai por menos de R$ 250 mil. Já na linha que oferece mais luxo e tecnologia, os preços podem variar de R$ 300 mil a até mais de R$ 1 milhão.